SAÚDE

Saúde aliada à tecnologia; uma comunhão em prol do uberabense

Bruno Campos
Publicado em 01/03/2022 às 20:08Atualizado em 18/12/2022 às 18:31
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Hospitais superlotados, falta de respiradores, de medicamentos, de leitos, de profissionais para atender centenas de pacientes que contraíram Covid nos últimos dois anos. Uberaba contabilizava cidadãos contaminados pelo terrível vírus, assim como chorava seus mortos. Boletins epidemiológicos traziam diariamente informações assustadoras, exigindo das autoridades públicas agilidade e competência para enfrentar o inimigo invisível.

Chegaram os primeiros lotes das vacinas anti-Covid e, com eles, também veio a dúvida: tomar ou não aquela picadinha no braço? Em meio a um quadro atemorizante da pandemia em todo o planeta, Uberaba deu posse ao novo governo municipal e vivenciou momentos de grande angústia e desespero com a doença mais avassaladora das últimas décadas no mundo.

Por meio de decretos, a economia sofria um duro golpe, ora sendo obrigada à paralisação, ora abrindo as portas com restrições. Med de sair de casa, de se contaminar, de precisar de um leito hospitalar e não conseguir, medo de morrer. Na outra ponta, empresários e profissionais liberais querendo trabalhar, e nem sempre conseguindo. A máscara facial se tornou um acessório obrigatório, e o álcool gel entrou na rotina da higiene pessoal de todos nós.

Muitos tropeços na condução do enfrentamento à pandemia geraram uma CPP (Comissão Parlamentar Processante) para investigar denúncias de irregularidades na vacinação dos uberabenses. Tensão alimentada e agravada nas redes sociais desaguou no plenário da Câmara Municipal, em sessão longa, que produziu o episódio de maior desgaste para o atual governo desde a sua instalação.

No findar de 2021, quando a pandemia dava sinais de arrefecimento, surgiu uma nova cepa – a Ômicron – para trazer à tona o temor de repetição daqueles meses de horror já vividos.

Dois anos de pandemia da Covid-19 colocaram a saúde em xeque em Uberaba, assim como no mundo todo.

Ex-diretor regional de Saúde, o professor Maurício Ferreira viveu de perto a angústia gerada pela expectativa de chegada de doses de vacinas anti-Covid para o Triângulo Sul por um bom tempo. Longe do cargo, hoje ele diz ser “difícil analisar o horizonte de Uberaba, sem levar em consideração o país como um todo e até o mundo, uma vez que a economia está globalizada e isso impacta todos os municípios, mesmo que mais uns do que outros”.

Dentre os desafios enfrentados pela área, não só no aspecto da medicina e da enfermagem, que têm tomado a linha de frente do enfrentamento, mas também na odontologia, estão as “readequações exigidas em um cenário pós-pandêmico. Com maiores exigências, os custos nos atendimentos também sofrem reajustes”, o que, no fim das contas, cai sobre o bolso do cidadão, vide que economia e saúde, mais do que nunca, têm andado em comunhão.

Se a pandemia da Covid-19 produziu tanto sofrimento e dor, também impulsionou avanços no uso da tecnologia. Foi assim que surgiram opções de atendimento emergencial a pacientes por telefone em todo o país. Em Uberaba, através de um 0800 oferecido pela Sociedade Civil Organizada, médicos doaram seu tempo e seus conhecimentos para atender e orientar aqueles que apresentavam sintomas da doença. O serviço de teleatendimento foi um sucesso tão impressionante que a Prefeitura decidiu adotar o sistema para atendimento em outras áreas também. Maurício Ferreira, a propósito, frisa que “as tecnologias têm chegado cada vez mais rápido, de modo a agilizar também os diagnósticos e possibilitar ao profissional melhores condições de atendimento ao cliente”.

Fruto da solidariedade, campanhas de iniciativa da comunidade surgiram para arrecadação de cestas básicas, produtos de higiene, respiradores, medicamentos e vários outros itens durante a fase mais crítica da pandemia.

Nem tudo esteve perdido!

Com a pandemia dando sinais de que está perdendo novamente a força, a vida dos uberabenses se prepara para voltar à normalidade. Ou à quase normalidade.

Na esteira desse quadro voltam à tona problemas como a necessidade de reforma das unidades básicas de saúde, por exemplo. O município já tem em caixa cerca de R$11 milhões, fruto do repasse pelo Estado dos recursos oriundos do acordo com a mineradora Vale. As obras, no entanto, ainda esbarram na dificuldade do governo municipal em fazer os projetos e licitar os serviços.

Outra questão recorrente se refere à regularização da Unidade de Pronto Atendimento – UPA São Benedito. Prefeita Elisa tem sinalizado com intenção de desativar a unidade da rua Major Eustáquio, dando outra destinação ao imóvel, e construir uma nova UPA nas imediações do Samu Regional, do outro lado da rodovia, criando ali um complexo de saúde para amplo atendimento à população residente nos conjuntos Beija-Flor, Maracanã e adjacências.

Mas quais serão as prioridades para a Saúde, quando a pandemia deixar de existir?

As expectativas para a Saúde em Uberaba nos próximos anos não se limitam à área pública. No setor privado, grandes investimentos têm marcado a trajetória de hospitais e clínicas médicas da cidade. São investimentos que abrangem tecnologia avançada, além da contratação de profissionais especializados e humanização do atendimento ao paciente.

Apesar da pandemia e até mesmo durante os meses críticos de enfrentamento ao coronavírus, Uberaba reafirmou sua fama de polo de excelência na área da Saúde. 

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