PREVENÇÃO SALVA

Silenciosas, algumas doenças do sistema cardiovascular podem levar à morte

Agosto Azul e Vermelho acende alerta sobre doenças como derrame, infarto, aneurisma, trombose e AVC, que, quando apresentam sintomas geralmente já é tarde demais

Rafaella Massa
Publicado em 27/08/2023 às 10:53Atualizado em 27/08/2023 às 10:57
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Cirurgião vascular Anderson Lubito explica que grande parte das doenças arteriais são assintomáticas (Foto/Reprodução)

Dentre as várias cores de agosto, o mês é também para a reflexão da saúde vascular. No Agosto Azul e Vermelho, destacam-se a prevenção e os cuidados com doenças silenciosas, como derrame, infarto, aneurisma, trombose e o temido Acidente Vascular Cerebral (AVC). Segundo o cirurgião vascular Anderson Lubito, essas doenças podem levar o paciente a morte, possibilidade que se intensifica com a falta de diagnóstico precoce.  

“O grande problema, que é até a iniciativa da [campanha] nacional do Agosto Azul e Vermelho, é porque grande parte das doenças arteriais são assintomáticas”, pontua.  

No entanto, Anderson explica que, em alguns casos, o corpo dá sinais sutis quando precisa de cuidados, por exemplo nas doenças obstrutivas nos membros inferiores. Segundo o cirurgião vascular, são casos em que, normalmente, a dor leva os pacientes ao consultório médico. Contudo, em grande parte, as doenças ligadas ao sistema cardiovascular apenas apresentam sintomas quando já é tarde demais.   

"Por exemplo, a pessoa caminhava 2 km, ela passa a ter dificuldade para andar 200m, 300m. É uma dor na panturrilha que incapacita a pessoa de andar. Por outro lado, a doença carotídea, que são essas artérias que irrigam o cérebro, você vai ter o sintoma no AVC. Se você tiver, por exemplo, uma dormência de um membro, pode ser já o início do AVC ou um AVC instalado. Outro exemplo, aneurisma de aorta, torácica e abdominal, para você ter sintomas, ou ele está muito grande já comprimido alguma estrutura próxima, ou ele já rompeu, ou está rompendo”, explica Lubito. 

Por isso, a orientação é que pessoas acima de 60 anos com fatores de risco como hipertensão, diabetes, tabagismo e histórico familiar, devem fazer o acompanhamento com um especialista. Anderson Lubito ainda alerta que os casos de aneurisma rompem mais em mulheres do que em homens. Tabagistas também estão mais propensos a sofrer com a doenças. “É uma artéria doente, uma parede fraca. O aneurisma de aorta abdominal, em mulher sabe-se que rompe acima de 5cm de diâmetro, homem até 5,5cm. Essa variação se dá porque a artéria da mulher é menor do que a do homem”, explica. 

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