SAÚDE MENTAL

“Síndrome da segunda-feira": medo de iniciar a semana pode ser indicativo de Burnout

Rafaella Massa
Publicado em 13/08/2023 às 16:02Atualizado em 14/08/2023 às 09:06
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Síndrome da segunda-feira, ou síndrome do domingo à noite, é um dos indicativos de Burnout (Foto/Reprodução)

Síndrome da segunda-feira, ou síndrome do domingo à noite, é um dos indicativos de Burnout (Foto/Reprodução)

Já pensou sentir pânico toda vez que chega o domingo? Essa é a realidade de algumas pessoas, que passam a odiar o primeiro dia da semana, por ele ser um indicativo de que lá vem a temerosa segunda-feira. Inclusive, estudos apontam que algumas pessoas passaram a detestar a música do Fantástico, da TV Globo, por ser mais um indicativo de que o fim de semana está chegando ao, de fato, fim.  

No entanto, mais do que um “ranço”, a “Síndrome da Segunda-Feira", ou Síndrome de Domingo à Noite, é um sinal de que algo está errado no quesito saúde mental. Segundo o psicóloga Barbara Junqueira, a situação é um forte indício de Burnout.  

“A Síndrome da Segunda-Feira é um fenômeno tanto psíquico quanto metabólico, que é quando a ideia de que no outro dia precisar ir trabalhar, e essa ideia começa a ficar muito angustiante. E acontece também uma questão metabólica, porque durante o final de semana há uma tendência a esse metabolismo ficar mais lento. Agora, a síndrome pode vir tanto como uma angústia muito grande pelo outro dia, que começa no domingo ou na segunda-feira de manhã, como dificuldade de acordar, desmotivação, entre outras coisas, pode ter até sintomas físicos, como dor de barriga, dor de cabeça, irritabilidade”, pontua Barbara.  

A ligação com o Burnout se dá pela desmotivação causada pelo ambiente de trabalho. A Síndrome de Burnout, ou Síndrome do Esgotamento Profissional, é um distúrbio emocional com sintomas de exaustão extrema, estresse e esgotamento físico resultante de situações de trabalho desgastante, que demandam muita competitividade ou responsabilidade. A principal causa da doença é justamente o excesso de trabalho. 

“O Burnout tem três pilares, o 1º é a exaustão emocional, aquele cansaço excessivo, o esgotamento físico e psíquico, falta de energia para trabalhar. A despersonalização, que é o segundo 2º pilar, é a ausência de sentimento um cinismo, diminuição do envolvimento emocional e profissional, e o 3º, que é a redução da realização profissional que é uma baixa produtividade um sentimento de incompetência muito grande. Se isso foi uma em um grau mais leve, um incomodozinho, uma ansiedade, mas que não seja algo tão grave, a gente não vai falar de Burnout, mas podemos falar que é um indicativo”, explica.  

No entanto, se a perspectiva de começar a semana novamente seja um gatilho para crises de ansiedade, dores de cabeça e não conseguir acordar, chegou a hora de procurar um especialista. “Se a pessoa começa a ter uma questão que chega a ser uma fobia, tem gente que não consegue acordar, que chega a ter crises de ansiedade antes de ir pro trabalho e que se sente muito impossibilitada de ir pro trabalho, aí a gente já vai começar a falar de um Burnout, porque a pessoa já não está conseguindo realizar o trabalho de maneira saudável e isso já está gerando um pânico”, finaliza a psicóloga.  

Tratamento. O tratamento da Síndrome de Burnout é feito basicamente com psicoterapia, mas também pode envolver medicamentos (antidepressivos e/ou ansiolíticos). O tratamento normalmente surte efeito entre um e três meses, mas pode perdurar por mais tempo, conforme cada caso. Mudanças nas condições de trabalho e, principalmente, mudanças nos hábitos e estilos de vida. 

Segundo o Ministério da Saúde, para as pessoas diagnosticadas com Brunout, a atividade física regular e os exercícios de relaxamento devem ser rotineiros, para aliviar o estresse e controlar os sintomas da doença. “Após diagnóstico médico, é fortemente recomendado que a pessoa tire férias e desenvolva atividades de lazer com pessoas próximas - amigos, familiares, cônjuges, etc”, informa a página do Ministério

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