Dificuldade de alcançar objetos no alto de uma prateleira ou até na hora de se vestir. Pouca gente nota, mas esses são os primeiros sinais da síndrome do “ombro congelado”. Segundo especialistas, está associada a dores no ombro e pescoço e até na coluna e é como se o ombro estivesse realmente congelado, o que impossibilita movimentos no dia-a-dia. Quem tem diabetes, disfunções na tireóide ou apresenta altos níveis de triglicérides deve ficar atento. “Praticantes de esportes que forçam muito os ombros, como vôlei e tênis, também tendem a sofrer com a doença, mas estudos comprovam que o grupo mais afetado pela síndrome, associada a quedas e mau jeito, são mulheres entre 40 e 50 anos”, explica o ortopedista. “Esta enfermidade começa com uma inflamação do ombro, ou seja, uma bursite. À medida que a doença avança, o ombro diminui os movimentos”, destaca o ortopedista Vicente C. Franco Macedo. Após um período variável de seis meses a um ano, a doença melhora e acontece o descongelamento do ombro. “A chave do tratamento consiste em tentar ganhar movimentos nas duas fases iniciais para não deixar sequela”, completa. Tratamento. O diagnóstico precoce continua sendo a melhor forma de tratamento. Afinal, quando não diagnosticada e não tratada, ela pode restringir movimentos por cerca de seis meses, no mínimo. “A síndrome do “ombro congelado” não dura para sempre. Além de medicamentos injetáveis, a fisioterapia é indicada na maioria dos casos”, explica Vicente. Para o tratamento da síndrome, um bom profissional deverá prescrever exercícios específicos, de fortalecimento dos músculos e para dissolver a tensão causada pela dor. Em alguns casos mais graves, pode haver indicação de tratamento cirúrgico. “No geral, os pacientes que seguem o tratamento corretamente, aos poucos retomam a confiança dos movimentos e voltam à prática de suas rotinas habituais”, conclui.