O Instituto Nacional de Câncer (Inca), órgão vinculado ao Ministério da Saúde, pretende sugerir a reitores incluir no currículo dos cursos da área de Saúde conteúdos focados nos aspectos que causam a dependência do tabagismo, bem como nos tratamentos para deixar de fumar. A ação é justificada pelo resultado de pesquisa do Inca, constando que metade dos estudantes entrevistados nunca aprendeu sobre esses temas na faculdade. A pesquisa Vigilância do Tabagismo em Universitários da Área da Saúde, apresentada ontem, foi feita em 52 universidades de quatro capitais brasileiras e integra o sistema internacional de vigilância da Organização Mundial de Saúde. “Mais do que apenas identificar os problemas, o objetivo desse sistema é possibilitar a proposição de ações, visando a reduzir, cada vez mais, a prevalência do tabagismo”, disse o diretor-geral do Inca, Luiz Antonio Santini. Segundo a chefe da Divisão de Epidemiologia e Vigilância do Inca, Liz Almeida, coordenadora da pesquisa, o interesse da OMS em ouvir especificamente universitários dos cursos de Medicina, Enfermagem, Odontologia e Farmácia, entre 18 e 24 anos, deve-se ao fato de ser nesta faixa etária que se dá a adesão ao tabagismo (após a fase de experimentação) e a esses futuros profissionais serem multiplicadores de informações para a promoção da saúde.