O Dia dos Pais está chegando, e todo mundo está preocupado com presentes e comemorações. Mas a data deve servir para revelar um novo ângulo dessa posição familiar: gerar um indivíduo e prepará-lo para a vida não é fácil. E nem todos nascem prontos para executar tal tarefa, mesmo que ela possa parecer tão natural. Porém, existem outras habilidades que podem ser aprendidas para melhorar o relacionamento com os filhos. Um exemplo é a Programação Neurolinguística (PNL), sistema que permite compreender melhor como o ser humano pensa, age e se comunica com os outros. O diretor da Sociedade Brasileira de Programação Neurolinguística (SBPNL), Gilberto Cury, resume os problemas de relacionamento na seguinte máxima: entender o outro e fazer-se entender é a base de toda relação humana. “Saber se comunicar com clareza permite não só obter uma convivência mais pacífica, como também gerar empatia, quebrar resistências e desenvolver relações de melhor qualidade”, afirma. Para Cury, os pais de primeira viagem, mas não somente eles, acham complicado exercitar a compreensão para lidar com as inevitáveis diferenças entre eles e seus filhos. “Muitos pais têm objetivos rígidos e não entendem por que os filhos têm outras aspirações. Para eles, abrir mão de suas crenças é sinal de fragilidade, e pode resultar na perda da autoridade”, diz. De acordo com Gilberto Cury, o importante é reunir um arsenal de conhecimentos multidisciplinares para conseguir que as pessoas internalizem novas formas de se comportar diante de si e dos outros. “Têm que buscar, primeiramente, superar os vícios de comportamento, aqueles sinais que são copiados dos próprios pais, e que sem perceber, são reproduzidos, mesmo havendo discordância da sua eficiência”. Esses comportamentos as impedem de desenvolver relacionamentos pessoais mais saudáveis com os próprios filhos. “Os obstáculos internos, muitos deles arraigados no inconsciente, representam, em geral, os grandes bloqueios à superação de posturas e procedimentos que atrapalham a vida. Por isso, é importante que pais busquem estratégias de transferência de experiências e capacidades. Assim, a pessoa pode aprender as melhores maneiras de motivar, inspirar e conduzir a família em direção a um objetivo comum: a harmonia”, explica Cury.