Durante o congresso serão apresentados os resultados obtidos com a aplicação do gel de plaquetas em 540 casos de lesões
Essas pesquisas começaram com tendão, fratura de ossos, lesões em músculos, ligamentos e, segundo o especialista em ortopedia e medicina esportiva, José Fábio Lana, a mais recente pesquisa é em cartilagem, no tratamento artrose, artrite. “A cartilagem é o grande problema para os ortopedistas, pois uma vez que a cartilagem machuca, rompe ou tem uma lesão, é muito difícil de cicatrizar. Ela não tem capacidade regenerativa”. Porém, ele destaca que pesquisas têm sugerido que o uso desse concentrado de plaque-tas, em caso de lesões de cartilagem, acelera o processo de cicatrização. “Uma vez que se usam medidas biológicas para estimular a cicatrização de cartilagem, hoje modelos experimentais e pesquisas já em humanos têm mostrado que essa cartilagem é capaz de cicatrizar se for estimulada com recursos da medicina regenera-tiva, e não só com a utilização do gel de plaquetas, mas com células-tronco, colhidas da medula óssea do próprio paciente”. Em sua experiência de oito anos de pesquisas em medicina regenerativa, o médico Ramom Cugat, de Barcelona, Espanha, apresentará durante o congresso os resultados obtidos com a aplicação do gel de plaquetas em 540 casos de lesões de cartilagem, que foram tratadas com sucesso. O português José Carlos Noronha, do Porto, Portugal, médico do Futebol Clube do Porto, utiliza a técnica em atletas há mais de cinco anos, com resultados animadores. “Já saiu da fase experimental, porque a técnica é relativamente simples. O grande número de problemas de maus resultados na cirurgia é a falta de cicatrização adequada na coluna, no joelho, no ombro, em tendões de uma forma geral. Quando se começa a usar as técnicas de regeneração, os estímulos cicatriciais fazem da medicina regenerativa uma especialidade do futuro”, completa Lana.