SAÚDE

Tempo seco do inverno e poluição do ar afetam sistema respiratório

Algumas cidades fazem monitoramento da qualidade do ar; Uberaba não está na lista

Raiane Duarte
Publicado em 02/07/2019 às 16:12Atualizado em 17/12/2022 às 22:09
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O inverno chegou e trouxe consigo o tempo seco e a baixa umidade do ar. As condições desta época do ano, atreladas à poluição do ar, fazem com que haja um aumento no número de doenças respiratórias.

Na cidade de Uberaba, a Secretaria de Meio Ambiente não realiza o trabalho de medição dos níveis de poluição do ar; a Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) também não.

O fato de o inverno ter um ar mais seco está relacionado com uma concentração maior de material no ar que causa danos à saúde. E, como não há chuva e nem umidade, essas partículas ficam expostas, entrando em contato com o aparelho respiratório, boca e nariz.

A poluição do ar pode provocar inflamações, os efeitos à saúde dos chamados poluentes atmosféricos estão relacionados ao agravamento de doenças respiratórias, cardiovasculares e neurológicas, especialmente em crianças e idosos. Estudos indicam a correlação entre a exposição a alguns poluentes e a ocorrência de diferentes tipos de câncer.

Cenário Nacional

O Instituto de Energia e Meio Ambiente (IEMA) alerta que a questão da poluição do ar no Brasil é um desafio. Apenas 12 unidades da federação têm alguma informação acerca da qualidade do ar. Os governos estaduais e distritais são responsáveis pelo monitoramento da qualidade do ar e, das 27 unidades da federação, ele é feito apenas pelo Distrito Federal, Ceará, Espírito Santo, Minas Gerais, São Paulo, Rio de Janeiro, Rio Grande do Sul, Paraná, Goiás, Bahia, Mato Grosso do Sul e Sergipe

A Fundação Estadual do Meio Ambiente de Minas Gerais realiza um trabalho de monitoramento que engloba a região e mesorregião metropolitana de Belo Horizonte, região Metropolitana do Vale do Aço, mesorregião da Zona da Mata, mesorregião Noroeste e região de Congonhas. O relatório é diário e indica se qualidade se encaixa em boa, regular, inadequada, ruim ou péssima.

Atualmente, sete poluentes são regulados no país por seus reconhecidos danos à saúde, ou seja, devem ser acompanhados pelo poder públic fumaça, partículas totais em suspensão (PTS), partículas inaláveis (MP10), partículas inaláveis finas (MP2,5), dióxido de enxofre (SO2), dióxido de nitrogênio (NO2), monóxido de carbono (CO) e ozônio (O3).

Mortes

No Brasil, as mortes em decorrência da poluição atmosférica aumentaram 14% em dez anos. Nesse período, o número de óbitos por Doenças Crônicas não Transmissíveis (DCNT) passou de 38.782 em 2006 para 44.228 mortes em 2016. A constatação é do estudo Saúde Brasil 2018, do Ministério da Saúde, que utilizou dados do Sistema de Informações sobre Mortalidade (SIM). O número de mortes evitáveis por essas doenças cresceu, assim como a exposição ao O3 (poluição) em todo o país, com destaque para os grandes centros urbanos e estados castigados pelas queimadas.

Segundo a Organização Mundial da Saúde (OMS), calcula-se que ocorram anualmente 4,2 milhões de mortes prematuras atribuídas à poluição do ar ambiente no mundo. Desse total, 91% ocorrem em países de baixa e média rendas do Pacífico e Sudeste Asiático. 

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