Na terapia em grupo as pessoas compartilham problemas, trocam ideias e experiências e aprendem novas formas de viver
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Psicóloga e especialista em psicanálise, Gislene de Souza Rosa diz que muitas pessoas têm resistência aos processos em grupos
Partilhar as adversidades da vida com um psicólogo, a fim de que se possa passar pelos problemas e enfrentá-los da melhor forma, nem sempre é uma tarefa fácil, mas pode ser a solução para que o indivíduo conquiste o autoconhecimento. Uma das formas pode ser através de encontros com grupos terapêuticos.
A afirmação é da psicóloga e especialista em psicanálise, Gislene de Souza Rosa, com experiência em coordenação em grupos terapêuticos, no entanto, ela ressalta que muitas pessoas têm resistência aos processos em grupos, porém os resultados alcançados são os mesmos das sessões clínicas.
“Já nascemos inseridos em grupo. O primeiro deles é o familiar e ao longo da vida vamos tendo experiências e nos identificando com outros. Por isso, o grupo terapêutico vai ter o foco voltado para a resolução do seu problema a partir da experiência individual e da experiência dos outros”, explica a psicóloga.
Na terapia em grupo, as pessoas compartilham problemas, trocam ideias e experiências e aprendem novas formas de viver e de resolver seus conflitos. O psicólogo funciona como um mediador que aponta caminhos e faz questionamentos, dá a palavra e colabora para que todos possam falar.
“Hoje temos grupos de crianças e idosos, não existe contraindicação, mas sempre que são montados se pensa nos objetivos, e o objetivo principal é ensinar à pessoa que ela é autora de sua própria vida e história, e que tanto a clínica quanto o grupo colaboram para que tenha condições para saber lidar com as adversidades do cotidiano”, aponta a especialista.
Ela ainda destaca que é fundamental que os indivíduos tenham em mente que o espaço terapêutico é um lugar seguro e que todas as questões abordadas são mantidas em sigilo. Além disso, segundo a psicanalista, o paciente só será encaminhado para um grupo terapêutico após análise minuciosa do profissional. “Para a eficiência do processo, é importante que haja respeito e que os participantes estejam dispostos não apenas a expor seus problemas, mas também a ouvir o que os outros têm a dizer”, conclui.