Um consórcio de institutos de pesquisa brasileiros, liderado pelo Ministério da Saúde, trabalha no desenvolvimento de um teste de diagnóstico capaz de pesquisar até cem doenças com uma pequena amostra de sangue. O trabalho tem como ponto de partida minúsculas esferas, com apenas 5 micrômetros de diâmetro, revestidas de um material encarregado de detectar anticorpos ou a presença de trechos do DNA de vírus e bactérias na amostra. Um micrômetro equivale à milésima parte de um milímetro. “Pelo nosso cronograma, até o fim de 2010 estaremos com parte do trabalho pronta para pedir registro na Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa)”, conta o pesquisador Marco Krieger, do Instituto Carlos Chagas, da Fundação Oswaldo Cruz (Fiocruz). A ideia inicial é desenvolver kits específicos para serem usados em programas de governo. Um teste para usar em gestantes, por exemplo, poderia rastrear doenças importantes durante essa fase da vida: Aids, hepatite, toxoplasmose, sífilis. Um outro kit pode ser usado também para testar bolsas de sangue, usadas em transfusões. Nessas bolsas seriam analisados, por exemplo, doença de Chagas, Aids e hepatite.