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Tireoide merece atenção em todas as fases da vida

Glândula produz hormônios que atuam em órgãos vitais. Exames de sangue e imagem são fundamentais para identificar possíveis disfunções

Publicado em 06/06/2024 às 09:42
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O monitoramento da tireoide começa logo após o nascimento. O teste do pezinho, obrigatório em todo o território nacional, pode detectar o hipotireoidismo congênito, que é a baixa produção de hormônio T4 (Foto/Reprodução)

O monitoramento da tireoide começa logo após o nascimento. O teste do pezinho, obrigatório em todo o território nacional, pode detectar o hipotireoidismo congênito, que é a baixa produção de hormônio T4 (Foto/Reprodução)

Problemas na tireoide podem surgir em qualquer fase da vida, do recém-nascido ao idoso, em homens e mulheres. A glândula situada na parte anterior do pescoço produz os hormônios T3 (triiodotironina) e T4 (tiroxina), que agem na função de órgãos vitais, como coração, cérebro, fígado e rins. Eles interferem no crescimento de crianças e adolescentes, na regulação dos ciclos menstruais, fertilidade, peso, memória, concentração, humor e controle emocional, garantindo o equilíbrio do organismo. A prevenção é a melhor forma de manter seu pleno funcionamento. 

O monitoramento da tireoide começa logo após o nascimento. O teste do pezinho, obrigatório em todo o território nacional, pode detectar o hipotireoidismo congênito, que é a baixa produção de hormônio T4. Quando não diagnosticado e tratado, é uma das causas mais comuns de retardo do desenvolvimento mental, acometendo um a cada quatro mil recém-nascidos, segundo o Ministério da Saúde.

Nas etapas seguintes da vida, os cuidados devem prosseguir. “Na infância e adolescência, é muito importante realizar a dosagem de TSH, T4 livre e anticorpos antitireoidianos. Já a ultrassonografia da tireoide pode identificar formações nodulares e processos inflamatórios”, explica a endocrinologista Luciana Naves, do Sabin Diagnóstico e Saúde.

A médica alerta que os distúrbios tireoidianos em crianças e adolescentes podem levar a prejuízos nutricionais, como alteração no crescimento e desenvolvimento, além de afetar a cognição e o aprendizado. “Os exames laboratoriais e de imagem auxiliam no diagnóstico e na definição da causa da disfunção tireoidiana, o que pode direcionar a escolha do melhor tratamento”, assinala Luciana.

Sintomas e tratamento | A produção excessiva de hormônios tireoidianos, conhecida como hipertireoidismo, ou em quantidade insuficiente, o hipotiroidismo, tem tratamento. No hipertireoidismo, o corpo funciona rápido demais: o coração dispara, o intestino solta e a pessoa fica agitada. Em crianças e adolescentes, costuma haver um estirão abrupto de crescimento. O tratamento pode incluir medicamentos, iodo radioativo e cirurgia, dependendo das características da doença.

Já o hipotireoidismo pode comprometer o crescimento, prejudicar a memória, causar sonolência e ganho de peso, entre outros sintomas. O tratamento é feito por meio da reposição do hormônio levotiroxina, que deve ser tomado por toda a vida. Outros transtornos da tireoide são o bócio, que pode se manifestar pelo crescimento anormal da glândula ou por meio de nódulos, tendo como causas a carência de iodo na dieta, inflamação, tumores ou infecções. Tireoidites (doenças inflamatórias), câncer e doença de Graves (autoimune) são outras doenças relacionadas à glândula.

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