SAÚDE

Transtorno alimentar afeta autoestima

Publicado em 25/08/2009 às 21:52Atualizado em 17/12/2022 às 05:16
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Os transtornos alimentares são distúrbios graves que atingem cada vez mais pessoas, tornando-se um drama muito comum e, na maioria das vezes, silencioso, já que está envolvido com a autoestima dos afetados. Cerca de 1% da população feminina mundial, com idades entre 18 e 40 anos, apresenta algum problema nesse sentido. Especialistas vêm alertando que esta é uma das doenças que se transformaram em epidemia social. A ideia de beleza está hoje estritamente ligada à imagem da magreza. Por isso, a maioria das mulheres procura emagrecer, fazendo dietas exageradas ou ingerindo medicamentos, sem qualquer orientação médica. E é aí que mora o perigo. Segundo a psicóloga Alessandra Carvalho Abrahão Sallum, a falta de nutrientes no corpo causa sérios danos à saúde e esse consumo de remédios pode agravar sintomas, como a depressão.   São dois os principais transtornos alimentares. De acordo com a psicóloga, os casos mais frequentes são a anorexia nervosa, caracterizada por uma rígida dieta alimentar e que está ligada a problemas em lidar com a autoimagem. E a bulimia, que, ao contrário da primeira, se caracteriza pela ingestão de grandes quantidades de alimento, que geram um estado de culpa, levando a pessoa ao vômito “natural” ou induzido, com a finalidade de não ganhar peso. A psicóloga sugere que o tratamento psicológico é fundamental, uma vez que, nos dois casos, o fator emocional interfere decisivamente no aparecimento e na evolução da doença. Mas, para uma melhora significativa, é importante um atendimento mais completo. “Normalmente, se ela estiver tendo esse acompanhamento multiprofissional, já é possível resolver a questão. Desde que o paciente esteja em tratamento, ele consegue, realmente, solucionar esse problema, através da compreensão do caso. Não é um tratamento do dia para a noite, porque, quando o paciente chega ao tratamento, a doença já está instalada há muito tempo”, destaca.   Ela explica que o maior inconveniente é que os pacientes têm vergonha de dizer o que sentem. “Tem gente que come escondido. Não se alimenta em público por conta da quantidade que come, ou porque, no caso da anorexia, tem todos aqueles rituais com o alimento. Fica picando a comida miudinha, separando. Elas escondem isso. Até que um familiar, um amigo ou parente consiga alertar a pessoa para que procure ajuda, a doença já está instalada e bem avançada”, afirma a psicóloga. Ela lembra que é possível controlar a doença, desde que o paciente esteja em tratamento e use o medicamento corretamente, procure um médico em busca de uma dieta balanceada e receba um acompanhamento psicológico.

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