De acordo com a psicóloga, a pessoa que sofre de psicopatia não limita seus desejos. “Quem quer ter todas as suas vontades atendidas é um sério candidato. Quando ela não dá conta de lidar com os ‘nãos’. O ‘não’ que o outro dá para ela e nem ela mesma dá conta de se dar um ‘não’. Ela quer tudo. Quando a pessoa não aceita um não que você dá, primeiro ela tenta seduzi-lo, e, se insistir, ela pega e o leva à força”, destaca. A psicóloga alerta que o psicopata não aceita ‘não’ como resposta, citando o exemplo do caso da jovem Virlânea Augusta de Lima, que foi assassinada após terminar o relacionamento com Lindoval Jesus Pereira. “Ele não aceitou o ‘não’ que recebeu”, observa. Tratamento. Ilcéa explica que, na fase adulta, o tratamento é extremamente difícil. “O psicopata nunca procura tratamento. Esse é o primeiro sinal. Isso porque ele acredita estar muito bem. Se uma pessoa consegue levá-lo, ele tem uma atitude do tipo ‘não sei por que estou aqui’, ou ‘acho que não preciso, quem está precisando é o outro’”, destaca. E afirma que a presunção, a atitude de superioridade, em que a pessoa não precisa de nada, nem de ninguém, é sinal que exige cuidado. “A pessoa que busca a terapia procura em razão de uma dor ou de um sofrimento. O psicopata não sofre, então ele não tem cura. Vai ao tratamento muito a contragosto e dificilmente consegue mantê-lo, pois ele não se abre”. Neste caso, resta, na medida do possível, apenas o controle da doença, através de terapias e remédios.