A crescente escalada nos casos de mpox tem preocupado o governo estadual, diante das mais de 4 mil notificações da doença em Minas Gerais. Uberaba, embora não registre novos casos desde 2022, faz parte da segunda região com mais casos no estado. O Triângulo Mineiro conta com mais de 360 notificações, sendo que 97% delas são do Triângulo Norte.
A cidade polo do Triângulo Sul contabilizou 9 casos confirmados, além de 61 notificações. Atualmente, três casos estão em análise, enquanto outros três foram excluídos. Desde o primeiro surto da doença, 47 casos foram descartados. Todos os pacientes que se infectaram eram homens, com predominância na faixa etária entre 20 e 29 anos.
Em Uberlândia, o panorama é de 303 notificações, com 62 casos confirmados e 164 descartados. No momento, 20 casos estão em análise, 17 são considerados prováveis, e oito foram excluídos. O perfil das vítimas é predominantemente masculino, com 38% dos infectados entre 20 e 39 anos.
O estado registrou quatro mortes pela doença, sendo três em 2022, de residentes nos municípios de Belo Horizonte, Pouso Alegre e Divinópolis, e uma em 2023, de um residente em Ribeirão das Neves.
Os sintomas comuns da mpox incluem erupção cutânea ou lesões nas mucosas, que podem durar de 2 a 4 semanas, acompanhadas de febre, dor de cabeça, dores musculares, dor nas costas, baixa energia e inchaço dos linfonodos.
A doença pode ser transmitida por contato próximo com alguém que esteja infectado, por materiais contaminados ou por animais infectados. Durante a gravidez, o vírus pode ser transmitido ao feto, ou ao recém-nascido durante ou após o parto.
Recentemente, o diretor regional da Organização Mundial da Saúde para a Europa, Hans Kluge, afirmou que a mpox "não é a nova COVID-19", uma vez que as autoridades sabem claramente como controlar sua disseminação.
Segundo a BBC, Kluge declarou a jornalistas que, apesar da preocupação real com uma nova variante do vírus e de um alerta global, um conjunto forte de medidas, incluindo a garantia de que as vacinas cheguem às áreas mais necessitadas, pode evitar outro ciclo de pânico e negligência.