SAÚDE

Uberaba mantém média de casos de Aids

Thassiana Macedo
Publicado em 01/12/2009 às 10:35Atualizado em 20/12/2022 às 09:17
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Ministério da Saúde lançou, no dia 26 de novembro, o Boletim Epidemiológico Aids/DST de 2009. O documento reúne os dados nacionais da epidemia de Aids e de sífilis congênita no Brasil. O boletim revela que a Aids dobrou nos últimos 10 anos e está migrando para as cidades do interior do país. No dia 1º de dezembro, Dia Mundial de Luta contra a Aids, cujo tema este ano será “Viver com AIDS é possível. Com o preconceito não”, o Centro de Testagem e Aconselhamento de Uberaba planeja algumas ações. Segundo dados da Gerência Regional de Saúde, no ano de 2008 foram notificados 61 casos de pessoas com Aids. Destes, 38 eram homens e 23 mulheres, e do total, apenas 48 residiam no município. O restante veio de outras cidades, já que Uberaba é pólo no diagnóstico de pacientes portadores do HIV. Este ano, somente até o mês de outubro foram confirmados 51 casos, 32 homens e 19 mulheres, com 42 residentes em Uberaba.   Dados de 1985 a 2009 demonstram que o município tem registrados 1.822 pacientes com Aids em tratamento. Destes, 500 são de fora. Para a gerente do CTA, Maria Clara Vasconcelos, é um índice alto, levando em conta o tamanho da cidade. Perguntada se ainda morrem pessoas em decorrência da doença, Maria Clara é enfática. “Morre quem quer e se contamina quem não se previne usando camisinha. É como fala o slogan: viver com Aids é possível, basta ter qualidade de vida. Hoje não se fala mais ‘está com HIV, vai morrer’. O medicamento é gratuito e disponibilizado pelo serviço, desde o momento do primeiro teste positivo até o tratamento”, afirma. De acordo com a referência técnica em DST/Aids da GRS - Uberaba, Denise Maciel Carvalho, nos últimos anos houve um aumento de casos entre idosos, mas a doença ainda se concentra na faixa dos 20 a 49 anos. “Não houve modificação significativa. Não temos observado aumento na região atendida pelo pólo Uberaba. Notamos apenas que os números de casos estão se igualando entre homens e mulheres”, destaca. Ela explica que as formas de contaminação continuam sendo as mesmas. “O contato sexual é predominante. Depois vêm os usuários de drogas, a transmissão através de doações de sangue e, por último, de mãe para filho”, afirma.   A gerente do CTA destaca que Uberaba não está seguindo a tendência da Aids nacional. “A tendência nacional diz que, agora, as mulheres estão se contaminando em maior número que os homens, mas Uberaba está abaixo da média. Na terceira idade, as pessoas têm se contaminado por não ter o costume de usar a camisinha. Se a mulher pede, o homem prefere deixar de ter a relação por pensar que vai perder a ereção, o que não é verdade. Agora, entre os jovens a questão é outra. Conscientes eles são”, afirma Maria Clara, revelando que informação existe, mas na realidade ela percebe uma falta de diálogo sobre o assunto.

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