Doença genética mais comum no Brasil, a doença falciforme incide sobre um a cada 1.400 nascidos vivos em Minas Gerais, configurando-se como uma relevante preocupação no contexto da saúde pública. Segundo dados do Serviço de Referência em Triagem Neonatal de Minas Gerais (Nupad/Faculdade de Medicina/UFMG) – responsável pelo diagnóstico da doença através do teste do pezinho –, uma em cada 30 pessoas em Minas é portadora do gene da doença (traço falciforme), o que não significa que tenha a doença e apresente os sintomas, mas pode ter filhos com essa condição. A doença é marcada pela herança do gene da hemoglobina S tanto do pai quanto da mãe – a cada gravidez, o casal portador do traço tem 25% de chances de ter uma criança com doença falciforme. Quando isso ocorre, as hemácias do sangue do filho podem, em determinadas situações, adquirir formato de foice, tornando-se rígidas, o que aumenta os riscos de obstrução dos vasos sanguíneos e de outras complicações.