SAÚDE

Uso inadequado de antibióticos aumenta resistência de bactérias

Infecções como pneumonia, tuberculose e gonorreia, estão se tornando cada vez mais difíceis de tratar

Agência Brasil
Publicado em 21/11/2019 às 17:17Atualizado em 18/12/2022 às 02:07
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Agência Senado

Prática pode levar ao agravamento de doenças, alerta Organização Mundial de Saúde O uso consciente de antibióticos requer a atuação de diversos atores, que vão desde a população em geral até profissionais da saúde e indústria farmacêutica. "Sem uma ação urgente, caminhamos para uma era pós-antibióticos, em que infecções comuns e ferimentos leves podem voltar a matar", alerta a Organização Mundial da Saúde (OMS). A organização que promove até domingo (24) a Semana Mundial do Uso Consciente de Antibióticos.    Segundo a OMS, o uso inadequado de antibióticos faz com que as bactérias se alterem, tornando-se resistentes a medicamentos. Infecções como pneumonia, tuberculose e gonorreia, estão se tornando cada vez mais difíceis e, às vezes, impossíveis de tratar. A OMS estima que pelo menos 700 mil pessoas morrem por ano devido a doenças resistentes a medicamentos antimicrobianos e alerta que o número de mortes pode chegar a 10 milhões, a cada ano, até 2050, mantido o cenário atual.   Consumo no mundo   Relatório da OMS publicado no ano passado aponta grandes discrepâncias nas taxas de consumo entre os 65 países analisados, variando de aproximadamente quatro doses diárias definidas (DDD) por cada mil habitantes para mais de 64 doses diárias definidas por cada mil habitantes.   Segundo a organização, a grande diferença no uso de antibióticos em todo o mundo indica que alguns países provavelmente estão usando antibióticos, enquanto outros podem não ter acesso suficiente a esses medicamentos que salvam vidas.   No Brasil, a taxa de consumo é 22,75, a maior entre os países americanos com dados disponíveis. O país é seguido por Bolívia, com taxa de consumo de 19,57 doses diárias definidas por cada mil habitantes; Paraguai, com 19,38; Canadá, com 17,05; Costa Rica, com 14,18; e Peru, com 10,26.   De acordo com o médico infectologista Hélio Bacha, grande parte do uso do antibiótico no Brasil, especialmente o ambulatorial, é desnecessária. "Há uma pressão muito grande por parte da população, que acha que antibiótico é medicação eficaz para todo tipo de infecção e há uma formação médica nem sempre adequada para distinguir o bom uso do antibiótico", destacou Bacha, que é consultor técnico representante da Sociedade Brasileira de Infectologia no Conselho Científico da Associação Médica Brasileira.   Segundo a OMS, há uma série de ações que podem ser tomadas por diversos setores da sociedade. A população pode:    Prevenir infecções, lavando as mãos regularmente, praticando uma boa higiene alimentar, evitando contato próximo com pessoas doentes e mantendo atualizado o calendário de vacinação.   Usar antibióticos apenas quando indicado e prescrito por um profissional de saúde.   Seguir a prescrição à risca.   Evitar reutilizar antibióticos de tratamentos prévios que estejam disponíveis em domicílio, sem adequada avaliação de profissional de saúde.   Não compartilhar antibióticos com outras pessoas. Profissionais de saúde podem:   Prevenir infecções ao garantir que as mãos, os instrumentos e o ambiente estejam limpos.   Manter a vacinação dos pacientes em dia.   Quando uma infecção bacteriana é suspeita, realizar culturas e testes bacterianos para confirmá-la.   Prescrever e dispensar antibióticos apenas quando realmente forem necessários.  

Prescrever e dispensar o antibiótico adequados, assim como sua posologia e período de utilização. 

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