UTIs buscam humanizar atendimento

Uberaba sediou, nos últimos dias, o II Congresso Sobrati de Terapia Intensiva do Triângulo Mineiro. O objetivo do evento foi chamar a atenção de profissionais e estudantes para a existência de novas formas de atendimento e tecnologias mais modernas na área, com recursos que aumentam as chances de sobrevida dos pacientes.   Para o intensivista e presidente da Sociedade Brasileira de Terapia Intensiva, Douglas Ferrari, o congresso, com foco interdisciplinar, buscou reunir oito áreas profissionais, entre elas psicologia, medicina, fisioterapia, enfermagem e odontologia, visando a efetuar uma troca de protocolos e a atualizar o conteúdo para trazer a Uberaba e região, o que está sendo feito nas UTIs do mundo. “Um dos focos das unidades de tratamento intensivo hoje é a democratização e a humanização do atendimento, uma filosofia que busca, principalmente, democratizar o bom atendimento, o acesso 24 horas a pacientes, disponibilizando cada vez mais esse serviço para pessoas e de forma mais efetiva. Sabemos que, de cada dez pacientes em UTI, apenas oito sobrevivem. Por isso, é importante atualizar os recursos que têm sido utilizados nas unidades de atendimento intensivo por todo o mundo”, destaca Ferrari.   Uma das novidades destacadas nesse congresso foi a inserção do dentista na equipe interdisciplinar. É um profissional que falta em algumas unidades, sendo indispensável para um atendimento mais completo. “O dentista é responsável pelo cuidado com a boca de pacientes internados. Afinal, as infecções cruzadas, que são as levadas pelas mãos e as transmitidas pela boca, em unidades hospitalares estão entre as causas mais comuns de complicações”, destaca. Segundo o intensivista, o congresso destacou a importância de sensibilizar profissionais das áreas médicas que abrangem o tratamento em unidades intensivas. “Por Uberaba ser uma cidade universitária, esse congresso busca focar a necessidade de estímulos para a produção de mais estudos acadêmicos a respeito do tratamento de pacientes de alta complexidade”, conclui Ferrari.