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Surpresa agradável

Tivemos um final de semana movimentado no mundo automobilístico. Primeiramente, no Paraná, tivemos duas provas de campeonatos mundiais...

Reginaldo Baleia Leite
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 13:47
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Tivemos um final de semana movimentado no mundo automobilístico. Primeiramente, no Paraná, tivemos duas provas de campeonatos mundiais. Uma de rali, o IRC, com pouca divulgação na mídia nacional, não se sabe bem por quê, pois é uma grande conquista termos uma etapa desse evento e, ainda, a primeira etapa do mundial de carros de turismo, oficialmente chamado de WTCC. Já no período da tarde, foi a vez da primeira etapa da F-Truck e, na sequência, da segunda bateria do WTCC. Para encerrar o final de semana, foi realizada a quarta etapa da Nascar. O IRC teve sua primeira etapa em Mônaco ou Monte Carlo, como queiram, saindo como vencedor o Peugeot 207, versão S2000, de Sebastien Ogier, que estranhamente não participou da etapa brasileira. E o vencedor da etapa brasileira foi Kris Meek, que também estava com um 207 S2000, a mesma versão usada por Ogier em Monte Carlo. Se a Citroën é o bicho-papão do WRC, os 207 S2000 são a bola da vez no IRC. Meek foi vencedor após disputar 13 especiais, de sexta-feira (6) e sábado (7), em trechos compreendidos entre Curitiba e arredores da cidade, com o tempo final de 2h08min05s70. Já notou o tanto de bastiões que tem se dado bem no automobilismo ultimamente? Temos Vettel, Bourdais, Buemi e, agora, o Ogier. É a turma dos bastiões dando o que falar.   No mundial de turismo (WTCC), vimos uma cena que já está se tornando comum, desde sua estréia, no ano passado, em Mônaco, os carros da Seat não têm adversários na pista. Mesmo com a intervenção da FIA, para 2009, ao limitar o turbo dos motores TDI diesel com injeção direta, os carros espanhóis da VW não deixam carros como os BMW 320si e o belo Chevrolet Cruze passarem perto do pódio. O nome da fera é Seat Leon TDI, que de belo não tem nada. Mas a eficiência... Os vencedores foram Yvan Muller e Tarquini. O brasileiro Augusto Farfus foi o quinto no final e é o primeiro colocado entre os que não correm com Seat TDI. Na verdade, o WTCC e a F-Truck tinham como horário de largada as 13h de domingo. Mas, como o WTCC é um evento internacional, ele começou exatamente às 13h. E a nossa badalada F-Truck, com sua série de eventos que precedem a largada, acabou descendo o pano um pouquinho depois. É Brasil! É também Brasil o inexplicável sucesso da categoria. No mundo todo, o automobilismo sofre com a crise financeira e nossa categoria peso pesado está crescendo, pois ganhou mais uma equipe nessa temporada. A alemã MAM, grande vencedora dos pesados na Europa, veio para o Brasil e tem como piloto um ex-campeão europeu.   Sempre bati na tecla que esta é a categoria mais popular do país, mas recebi reprimendas ao tocar no assunto, pois muitos acham que a Stock V8 é a prima-dona do esporte brasileiro sobre rodas, atualmente. A verdade, porém, é que, na média de público nacional, os caminhões vêm batendo a categoria mais cara do nosso calendário. Muitos pensam que, por ter a rede do Plim Plim por trás, a Stock torna-se a categoria mais popular, mas os caminhões sabem onde angariar seu público e é a categoria que mais atrai público aos autódromos. Isso em comparação à Stock V8, que pode alinhar 32 carros em 2009, mas, pelo que sei, ainda não conseguiu confirmar nem 20 carros e, ainda, perdeu uma montadora. E a rede do Plim Plim diminui o número de transmissões ao vivo. Mesmo com a morte de seu comandante e mentor, a F-Truck está cada dia mais forte e a Stock deu o azar de trocar de equipamento justamente na hora errada. Apesar de gastar mais ao ter que adquirir um novo modelo, as equipes ainda tiveram fugas de patrocinadores. Muitas delas ficaram sem saída, com menos receita e mais despesas.   A primeira etapa da Truck teve como vencedor, de ponta a ponta, Afonso Giaffone (VW), seguido de Renato Martins (VW), que fez uma ótima corrida de recuperação. Ele havia largado em oitavo. A nota triste fica por conta da demora da equipe de bombeiros para apagar um incêndio no Mercedes do Ramires. Por sorte, o piloto não estava preso no caminhão, pois, se estivesse, o final teria sido terrível. Mesmo com a falha, o responsável pela equipe achou que foi tudo dentro do normal e é aí que mora o perigo. Essa atitude de não reconhecer o erro é triste! Na Nascar, uma surpresa: o Dodge de Kurt Busch venceu de forma inquestionável, não dando muitas chances ao resto da turma. Jeff Gordon, para a tristeza de alguns, continua sua campanha de bons resultados. Dessa forma, foi o segundo e Carl Edwards, o terceiro. Gordon lidera o campeonato, com 43 pontos de vantagem. Sobre Clint Bowyer, outra surpresa.   Surpresa mesmo têm sido os tempos da nova equipe do circo Brawn GP. Na segunda-feira, na primeira aparição oficial do carro, Button foi o quarto. Na terça de manhã, foi a vez de o Barrichello comandar o carro, que só andou atrás da Ferrari F60. Esse tipo de resultado em treinos de pré-temporada pode ser considerado normal, pois a equipe precisa arrumar patrocinadores e aparecer bem na foto. Mas Ross Brawn, do alto de seu respeitável currículo, já veio a público dizer que não estão maquiando o carro para conseguir bons tempos. Revelou, ainda, que esse carro estava sendo desenvolvido desde 2008. E o pessoal da Mercedes, fornecedora de motores, ao saber da quantidade de combustível utilizado no carro, ficou espantado. Será que os japas da Honda deram um tiro no pé? Se esse carro realmente for o que parece, sim. As McLaren continuavam, até ontem, com tempos muito altos. Mas McLaren é McLaren, e quando derem a largada na Austrália, no dia 28 de março, tenho certeza que estarão nas duas primeiras filas.   Felicidades a todos!

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