A décima quinta etapa do Mundial de F-1 foi um desfile de Sebastian Vettel que dominou a corrida, sem ser ameaçado por ninguém. Depois de cometer um erro infantil na etapa...
A décima quinta etapa do Mundial de F-1 foi um desfile de Sebastian Vettel que dominou a corrida, sem ser ameaçado por ninguém. Depois de cometer um erro infantil na etapa anterior, o alemãozinho nos deu bela demonstração de habilidade ao vencer de ponta a ponta e sem erros. Já a sua equipe... Bem, imitou os italianos, com pequenas trapalhadas nas paradas de reabastecimento e troca de pneus. A prova em si ficou devendo em termos de disputas. Para falar a verdade, a classificação foi mais emocionante. Com esta vitória, Vettel, que até já era considerado carta fora do baralho, aparece como a real ameaça aos planos da Brawn, pois frear o Barrichello é fácil para eles, mas não tem como influenciar na performance do alemãzinho. A sorte deles é que Vettel ainda é um piloto que mescla momentos magistrais a outros, mesmo que raros, com erros de principiante. Novamente, um carro da Toyota terminou no segundo lugar, desta vez em casa, para a alegria dos nipônicos. Coube a Jarno Trulli o mérito de levar o TF109 ao pódio. Timo Glock, o segundo de Cingapura, não correu devido a um ferimento na perna, sofrido na classificação, no sábado. A Toyota, a Williams e a Brawn foram as únicas equipes que começaram a temporada usando um carro fora do regulamento, isto é, fora do acordo de cavalheiros feito entre os projetistas. E a única que realmente se deu bem, foi a Brawn. Williams e Toyota não ganharam nenhuma etapa. Agora, se compararmos os orçamentos das três, a maior perdedora foi a Toyota. Lewis Hamilton andou um bom tempo mantendo-se no segundo lugar, mas depois do segundo reabastecimento caiu para o terceiro, voltando à sua posição de origem na classificação. Mesmo com a continuação do desenvolvimento do modelo 2009 da equipe inglesa, na pista japonesa, não foi encorajadora a diferença para a Ferrari de Räikkönen, que parou o desenvolvimento do carro 2009 depois da segunda metade do campeonato. Lewis alegou que um defeito no KERS, no final da prova, foi a causa do terceiro lugar, pois sem ele não teve como ameaçar Trulli na relargada, depois da intervenção do safety car. Por falar em safety-car,desta vez Rosberg se deu bem com a presença dele na pista, motivado por mais um acidente do Alguersuari, no final de semana. Rosberg realizou seu segundo reabastecimento logo que aquela bela Mercedona entrou na pista. E assim conseguiu terminar à frente de Heidfeld e Barrichello. Pensando bem, Rosberg deu sorte desde a classificação, pois deveria largar em décimo primeiro, mas, com as punições de Button, Rubens, Alonso, Suttil e Buemi, ele acabou largando em sexto. Já o inglês da Brawn, apesar de largar na décima primeira posição, chegou logo atrás do Barrichello, ajudado por um erro do Kovalainen com Sutil, na famosa chicane do Senna. Agora, com duas corridas para o final, quatorze pontos de vantagem para Barrichello e dezesseis para Vettel, é quase impossível perder o título! Mais uma vez, Barrichello se deu bem na largada e Button, mal. Mas o ritmo de Barrichello depois da primeira parada foi aquém do normal. Quando saiu dos boxes, tinha quase dez segundos de vantagem para Button, mas, no desenrolar da prova, a diferença veio caindo. Quando Barrichello saiu de sua segunda parada, tinha o inglês mirando sua caixa de câmbio. No Mundial de motos, as categorias 250 cc e Moto GP fizeram a corrida mais entediante do ano. Na duque galo a culpa foi de Simoncelli, que não deu espaço a seus adversários, dominando totalmente a corrida. Na pior apresentação da Moto GP da temporada, foi de Lorenzo a culpa da falta de graça. A etapa valeu apenas pela volta do estonteante Stoner, que, mesmo afastado por três etapas, voltou e foi o segundo, mas sem ameaçar o ponteiro. Pedroza foi o terceiro e The Doctor, o quarto. Os quatro correram separados a maior parte da prova, o que tornou a corrida uma chatura sem fim. A salvação do dia foi a 125 cc, que tradicionalmente nos proporciona grandes pegas. A vitória de Spargaró se deu mais por conta dos erros dos concorrentes do que por sua capacidade, mas foi bonita e gostosa a corrida das magrelinhas. Felicidades a todos!