ARTICULISTAS

Tradição ou inovação?

Caro leitor, alguma vez você já se sentiu envergonhado de expressar um sentimento

Vera Lúcia Dias
veludi@terra.com.br
Publicado em 12/06/2015 às 20:23Atualizado em 16/12/2022 às 23:46
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Caro leitor, alguma vez você já se sentiu envergonhado de expressar um sentimento ou gosto pessoal por achar que estar na contramão da maioria?

Pois é, assim me sinto em relação a algumas tradições que me parecem comida requentada. Como exemplo, posso cito as Festas Juninas, dos Dias das Mães, Pais ou Folclore quando realizadas sem criatividade ou inovação.

Em relação às primeiras, sempre fico constrangida quando convidada para alguma. Nunca sei se devo ser sincera e contar minha história em relação a elas e ser rotulada como indelicada ou se “faço o social”, como se diz.

Ainda neste fim de semana isso me aconteceu. Estando numa cidade do litoral paulista, recebi convite das amigas para ir a uma festa junina!...

Venceu a sinceridade e contei que sou resistente a ela porque já cheguei a trabalhar em três delas num mesmo fim de semana em diferentes escolas.

Ano após ano o mesmo firinfinfim da sanfona, as mesmas comidas e bebidas, os mesmos trajes remendados, as mesmas atrações artísticas que os pais são obrigados a assistir e as crianças a participarem, gostando ou não e, muitas vezes, sem lhes ser explicadas as origens destas festas.

Será que elas são realizadas mesmo para manter uma tradição ou porque são uma oportunidade de arrecadação financeira? Em que poderiam ser modificadas? Será que ainda atraem os alunos atuais?

Quando penso nas respostas a estas perguntas, vem à minha mente uma experiência diferente que vivi como diretora do Caic, na qual levantamos mastros para os santos, fizemos batizados na fogueira, pau de sebo e outras coisas adequadas e anteriormente explicadas e que fizeram sucesso.

Questiono também as tradicionais festas para Pais e Mães porque, hoje, metade das famílias já não vive junto ou conta com as duas figuras em sua vida. Isso constrange quem confecciona cartões para alguém que às vezes nem conhece ou que lhes faz sofrer por abandono, abuso ou negligência.

Algumas escolas mais atualizadas realizam a Festa da Família, onde cada criança se sente incluída mesmo se viver numa família não tradicional.

Às vezes me desloco daqui pra Uberlândia para participar desta festa no Colégio Logosófico, onde é realizada juntamente com a Feira de Quitutes. Assim se alcança o triplo objetivo de reunir e homenagear a família, apresentar números artísticos das crianças e fazer arrecadação financeira.

Sugiro aos extremamente apegados à tradição em todas as áreas e, consequentemente, contrários à inovação, que repensem seus valores e, no mínimo, aceitem o fato de que toda moeda tem dois lados!

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