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Transporte coletivo

Podem ser melhores e mais eficientes

Gilberto Caixeta
gilcaixeta@terra.com.br
Publicado em 23/07/2013 às 20:37Atualizado em 19/12/2022 às 11:54
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Podem ser melhores e mais eficientes. No entanto, na sua maioria, são sucatas que percorrem ruas e avenidas de nossas cidades com os  seus itinerários que não se interligam, mas que atrasam. Nas horas de pico passam abarrotados...  No entanto, precisamos deles, e quem precisa de sua gratuidade e a utiliza às expensas de outros deve estar atento à sua tendência, de forma eficiente e eficaz. Ao se conceder a gratuidade a  alguns, que onera outros – porque não existe almoço grátis – deve-se vir aliada à modernização de sua  estrutura, de seu atendimento público aos  que utilizam este meio de transporte como opção única  de deslocamento, e não ficar na tarifa como ponto de reflexão de atendimento ao que se solicitou por meio das ruas. Ao contrário, é fácil a dissimulação. A desoneração do setor de transporte público urbano passa, a princípio,  pela modernização trabalhista de seu recurso humano, pelo deslocamento dos cobradores de ônibus para outras atividades, até mesmo para a prestação de serviços deste setor, sem se esquecer da certificação trabalhista de todos aqueles que prestarão serviços neste setor. Mas essa proposta arcaica de transporte público, em que somente o trabalhador paga e enriquece  alguns, e beneficia vários, tem que ser interrogado em sua totalidade.  Quando os movimentos sociais tomaram as ruas e avenidas do país estavam corretos ao mirar o transporte público, levando o governo a repensar a concessão e os reajustes concedidos ao setor. O governo optou pela diminuição dos impostos que incidem sobre o transporte, no entanto, é preciso  mais. Em nada adianta a desoneração sem investimentos mantendo a mesma  logística. A presença de  máquinas eletrônicas dentro e fora dos ônibus, onde se adquirem os bilhetes,  desoneraria a folha de pagamento e tornaria as passagens mais baratas e, indiretamente, é um desestimulante aos assaltos que ocorrem nos interiores dos ônibus. Esta é uma proposta antiga reposta por nós. Com essa medida, os  passageiros passam a entrar pela porta dianteira, debitariam o valor da passagem por meio do cartão de transporte recarregável. Ou emitidos na hora pelo motorista.   Veja Uberaba, com  aqueles  bóbis colocados ao longo da avenida Leopoldino de Oliveira. É exemplo de perfumaria sem o  banho, que nos leva à pergunta: quem ganhou com essa modernização que não chegou a quem usufrui do transporte coletivo publico? Aquele modelo não serve para avenidas como a nossa.  Pedestre precisa de passeio. Bom, isso é outra crônica. Temos é que melhorar o que há no interior dos ônibus  e a sua circulação urbana, prioritariamente. Ônibus é equipamento social, que precisa de higienização, ser agradável ao uso e ter regularidade em seus horários. Ônibus é de lotação limitada, e não espaço que se enfia no quanto melhor. Temos muito que aprender para melhor atender. O certo é que não há almoço grátis. O que ocorreu virá acompanhado da conta.

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