Apesar de amplamente usada no passado e de hoje estar fora de moda, uma simpatia, ao menos, foi ressuscitada pela Justiça Eleitoral nesta época de campanha: a de se colocar a vassoura atrás da porta para que uma visita inoportuna se retire depressa da casa da família visitada. Vassoura, nesta campanha, é símbolo de limpeza contra os maus políticos que poluem ruas, com santinhos e placas; sujam muros, com cartazes e esparramam propagandas com formatos diversos nas entradas das casas.
A ideia do uso da vassoura foi adotada por propagandas de conscientização. E, com a vassoura atrás da porta, poderemos espantar os Sujismundos. Se antes de começar a administrar a cidade um candidato já mostra que não consegue ser grande nas pequenas coisas, provavelmente também não conseguirá nada nas grandes.
Um internauta expôs sua ideia na mídia, assumindo sua indignação diante da ousadia de políticos que gostam de sujar propriedades alheias: ele colocou, na frente da própria casa, um cartaz com os dizeres “Lugar de lixo é no saco de lixo” e uma seta apontando o lixo onde deveriam ser, digamos, colocados os santinhos de campanha política.
Numa grande capital, num gesto de cidadania, de respeito ao bem comum, inclusive ao meio ambiente, certo partido preparou uma equipe para recolher santinhos que ficam no chão após comícios e outros eventos. A medida, adotada em uma grande capital, merece ser imitada. Manter a cidade limpa é dever de todos, principalmente, dos candidatos.
Ainda falando de limpeza, agora num sentido muito mais profundo, propagandas têm mostrado a importância de o eleitor optar por candidatos com ficha limpa. Finalmente, estamos diante do primeiro teste da força da Lei da Ficha Limpa, reivindicação do povo conquistada através de uma petição assinada por um milhão de cidadãos.
Finalmente, o voto se tornou uma arma com poder de faxina. Contra maus candidatos: ficha limpa, vassoura atrás da porta e voto consciente.
(*) Membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro
