Neste último primeiro de janeiro assisti a uma experiência inédita, pelo menos para mim à posse simultânea dos dois novos poderes municipais: Prefeitura e Câmara de Vereadores.
Muita gente presente, o enorme salão da ABCZ estava lotado e recorreu a cadeiras suplementares. Festa bem organizada pelos cerimoniais da Prefeitura e da Câmara, presenças e assistenciais do mais alto nível – e também gente mais simples do povo eleitoral. Uma reunião que durou mais de três horas – e curiosamente sem que os presentes e ouvintes mostrassem cansaço.
No início as mensagens e encomendações espirituais pelas lideranças evangélicas, católica, e espírita, um certo ecumenismo transparecendo esperança e preocupação com o poder público a ser empossado – creio que oportuna nos tempos atuais. Seguiram-se os atos específicos da posse dos novos poderes. Talvez tenha sido esta a primeira vez que isso aconteceu de forma tão aberta e tão pública em nossa cidade. Tão pública e importante que o auditório teve a oportunidade inédita de participar da reunião dos novos vereadores para eleição de sua nova direção. Penso que vale contar aqui esta experiência democrática.
Pelo Brasil afora essas negociações são realizadas sigilosamente. O povo só fica sabendo do último e definitivo episódio por via da imprensa. Em nosso caso uberabense a marcha foi democrática e aberta: as duas chapas concorrentes e opostas foram apresentadas em público, nomes e credenciais de cada vereador, nada secreto ou escondido. Achei importante essa exposição pública. Tudo deveria acontecer assim na democracia que demos exemplo.
Ficou evidente uma divisão entre a ala governista e a independente, ou seja, que não deveria obedecer rédeas do Executivo. Curiosamente, só de passagem, Lourival e Dutra ficaram nesSa última situação – embora eleitos pela égide do prefeito. Anderson aceitou democraticamente o resultado, sem passar recibo...
Prefeito e vice-prefeito tiverem presença marcante e correta, manifestações sem outra promessa, além do trabalho e dedicação – outra surpresa em posses demagógicas das promessas falsas ou inexequíveis. O Espetáculo teve entremeios de música e canto, com nossos artistas locais, nada daquelas importações gastando nosso estrangulado dinheiro. Tudo correto e discreto. Vale salientar que nossa primeira-dama cantou lindamente o amor que a humanidade atual anseia e precisa.
Por tudo e todos, penso que vale escrever esta crônica original em inauguração do nosso governo, prefeito e vereadores importantes para nosso futuro. De passagem final, e como advertência, ficou o encerramento, quando nosso presidente da Câmara anunciou para dois de fevereiro a sua primeira reunião. Caramba, já trinta dias de férias? Deu zebra, o Anderson anunciou que já no dia 2 de janeiro, primeiro após a posse, iria ter reunião de trabalho em nível de secretariado. O auditório deu aquele zum-zum, penso e espero que os nossos vereadores entenderam. Afinal, vamos todos por um feliz ano-novo!...
(*) médico e pecuarista