As últimas palavras do Sr. Det..., que havia escrito ao Presidente da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas
As últimas palavras do Sr. Det..., que havia escrito ao Presidente da Sociedade Parisiense de Estudos Espíritas, demonstrava aos adeptos da ciência nova nada de vazio existindo no Universo. E prossegue:
“Assim, o retorno das almas dos mortos acreditado em toda a antiguidade, do qual nossa filosofia zombava, está adotado hoje por homens que não são nem ignorantes, nem supersticiosos. Todos esses Espíritos, aliás, chamados na Escritura os Príncipes do ar, estão sempre sob a vontade arbitrária do senhor da Natureza. Aristóteles disse que os Espíritos aparecem frequentemente aos homens pelas necessidades uns dos outros. Não faço mais que reportar aqui o que os partidários da existência dos gênios nos dizem.
“Crendo-se na imortalidade da alma, é necessário admitir que essa multidão de Espíritos pode se manifestar depois da morte. Entre essa grande quantidade de prodígios dos quais todos os países da Terra estão cheios, se um só ocorreu, a incredulidade é injusta. Creio, portanto, que não haveria menos temeridade em negar do que em sustentar a verdade das aparições. Estamos num mundo desconhecido.
“Não se acusará Mercier de incredulidade e de ignorância, e vemos, no extrato que precede, que ele não rejeitava a priori as manifestações dos Espíritos, embora não tivesse ocasião de ser delas testemunha. Mas um homem sábio suspenderia seu julgamento até estar mais informado. Já, a propósito do magnetismo, havia dit ‘Isso é tão misterioso, tão profundo, tão incrível, que é necessário rir ou cair de joelhos; não faço nem um e nem o outr eu observo e eu espero.’
“Seria interessante saber porque essas evocações, renovadas em 1788, ficaram interrompidas até 1853. Seria porque os membros da Sociedade, que dela se ocupavam, pereceram durante a Revolução? É deplorável que Mercier não tenha dado a conhecer o nome do presidente dessa Sociedade. Aceitai, etc.
“Det... Membro Titular da Sociedade.”
No próximo artigo, concluiremos com uma Nota do preclaro Codificador da Doutrina Espírita, que assim se inicia: “O fato narrado por Mercier tem uma importância capital da qual ninguém desprezará o alcance.”
Eis por que, dileto leitor, colocarei na próxima linha:
(Continua)
(*) clínico geral e psiquiatra