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Um remédio para cada mal

gripe A, que surgiu na América do Norte, com o México no epicentro, pode estar sob controle das autoridades sanitárias. Essa doença, que poderia

Mário Salvador
mariosalvador@terra.com.br
Publicado em 03/08/2018 às 10:18Atualizado em 20/12/2022 às 12:56
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A gripe A, que surgiu na América do Norte, com o México no epicentro, pode estar sob controle das autoridades sanitárias. Essa doença, que poderia transformar-se em pandemia, deixa bem patente para o mundo como foi bom alcançarmos notável progresso na saúde, a ponto de ser possível cercar o mal em suas origens. Se, quando da gripe de 1918, uma pandemia que se espalhou por quase todo o mundo, houvesse tal progresso, não teriam sido dizimadas entre vinte e quarenta milhões de pessoas, incluindo Rodrigues Alves, nosso presidente da República.

Mas um outro avanço da humanidade, hoje, causa preocupação. É que as doenças, atualmente, têm passagem nos aviões e podem se disseminar pelo mundo, com facilidade. Ou seja: progresso no setor de saúde beneficia os homens, pelo combate rápido da doença; progresso no setor tecnológico, especificamente no setor da aviação, acaba por exigir cuidado redobrado, para que as doenças não se espalhem pelo mundo. E há que se falar no progresso da mídia, que enseja uma rápida troca de informações entre as autoridades, possibilitando o controle total da situação.

Com a possibilidade de uma pandemia, que a todos preocupa, parece que a catastrófica crise econômica e financeira ficou em segundo plano, entretanto continua preocupante, principalmente pela onda de desemprego que ela gerou. São duas, pois, as preocupações mais prementes dos homens que dirigem as nações.

Como se não bastasse tudo isso, para nós, brasileiros, os noticiários nos trazem mais um aborreciment as maracutaias dos membros do Congresso Nacional. Haveria vacina contra os males dos congressistas? No que depender do povo, a vacina que pode acertar tudo por lá é o voto consciente. No que depender deles, tudo pode ser acertado facilmente com esta palavra que tem sido relegada a segundo plan ética.

O fato de as benesses estarem sendo desfrutadas desde a fundação de Brasília não justifica a continuidade da situação. Agir com ética implica em não se querer levar vantagem em situação alguma. A ética pode, sim, fazer com que os representantes do povo passem a agir respeitando aqueles que os elegeram.  Respeito ao povo é respeito à coisa pública. É não usar o dinheiro público como se fosse algo pessoal. Em vez de se apoderar do que é do povo, é mister apoderar-se da própria consciência. É isso mesm basta que os congressistas tenham ética para que tudo seja resolvido. E todos terão a ganhar com essa atitude.

Ficamos, pois, assim: a crise econômica é tratada pelas autoridades maiores, principalmente pelos economistas. A crise da gripe é tratada pelo setor da saúde. Com competência, os resultados esperados em benefício da humanidade serão alcançados. E nossos congressistas começarão a tomar chá de ética, várias vezes ao dia, melhorando a imagem deles junto ao eleitorado. O eleitorado consciente tem tomado nota do que está acontecendo e fará sua parte quando visitar as urnas nas próximas eleições. Voto é um remédio eficaz para curar certos males.

Como a receita é boa, espera-se, de todo homem, em especial do homem público, a ética em seus atos. É remédio salutar; e os resultados são invariavelmente satisfatórios. Nem há necessidade de uma consulta médica, pois as recaídas no uso da ética mostrar-se-ão salutares. Não há contraindicações.

(*) Membro da Academia de Letras do Triângulo Mineiro

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