Todos os meus sofredores – leitores sabem que minhas crônicas não são especializadas em política. Conto histórias do passado e acontecidos, as responsabilidades, os êxitos e fracassos desta terrível arte. Certas vezes dou minha observação e julgamento – sem a pretensão de que aceitem minha opinião. Em verdade sou até admirador de muita gente boa que perde tempo, amizades... e dinheiro ao participar da luta, da instrução e dos esforços da arte na política eleitoral. Na outra ponta, irrito-me e desprezo um grupo de gente que exerce a política apenas pela vaidade ou pelo ganhar dinheiro – que infelizmente é grande e importante. Não sou especialista nos julgamentos desta arte e seus protagonistas, mas... já vi de tudo, e algumas vezes minha panela de crânio ferve e cospe bolhas quentes. Aqui mesmo já explodi e denunciei certas irritações. Recente, por exemplo e oportunidade, aquela mentira do gás transportado de BH – canalizado até chegar de imediato ao nosso Triângulo, à Uberaba de tantos sofrimentos e tapeações do passado. Deu-se mal quem acreditou e colocou no seu projeto político este conto do vigário – uma especialidade centro-horizontina. Prometi-me interiormente não mais falar no Estado do Triângulo, que me deixou vacinado. Apenas, e discorrendo de passagem, aquele caso será sempre alicerce da minha mágoa e descrença. Penso e jogo na mesa: o nosso presidente a ser eleito tem fortes raízes conosco. Dilma teve passado e vida em Uberaba, nem se lembra... Aécio tem aqui amigos de profundidade, vão molhar a camisa por ele. O vencedor presidente nacional vai se lembrar de nós? Vamos ver, fico pensando. O saudoso Dino, alfabetizado no rio do Peixe, zona do Patrimônio, iria me escutar, cuspir de lado, por na guaiaca o pito de palha... e mais uma vez me repetir: qual doutor, esta tal de Belzonte nem sabe de nós!... E eu repetiria o de sempre: paciência, o nosso dia vai chegar, como passou por Uberlândia. Atenção, Marquinho!
