Sou muito novo e ainda não cheguei a ver uma final de Campeonato Mineiro em que Atlético ou Cruzeiro não estivessem na disputa. Quando não são os dois que fazem a final pela ...
Sou muito novo e ainda não cheguei a ver uma final de Campeonato Mineiro em que Atlético ou Cruzeiro não estivessem na disputa. Quando não são os dois que fazem a final pela taça de campeão, pelo menos um, Galo ou Raposa, está lá. Gente com mais experiência de vida do que eu, deve se lembrar que foi no ano de 1964, a última vez em que Cruzeiro ou Atlético não figuraram entre os finalistas. Naquele ano, o campeão mineiro foi o Esporte Clube Siderúrgica, da cidade de Sabará. O então vice foi o América, de Belo Horizonte. Vale lembrar que desde 2007, quando o Atlético sagrou-se campeão, a final é sempre disputada entre o alvinegro e o clube celeste, que atualmente sustenta o título de bicampeão. Quer saber? Chega! Está mais do que na hora de o interior mostrar seu valor – aliás, grande valor. Uberaba Sport, Uberlândia Esporte, Ipatinga, Villa Nova, Tupi e Ituiutaba carregam as esperanças e expectativas de cidades inteiras. Com o Nacional jogado às traças, o Colorado é o time que nos representa. Ora, depois de um 2009 em que o clube – diretoria, torcedores e atletas – demonstraram esforço mútuo para realizar um campeonato mineiro descente (leia-se: brigando pela classificação e não para escapar do rebaixamento) é hora de acreditarmos e, principalmente, querermos mais. Devemos respeitar Atlético e Cruzeiro? Sim. Devemos. Mas, eles também nos devem respeito. Somos o Uberaba Sport de tantas ilíadas e glórias singulares. Temos uma torcida inigualável do ponto de vista da paixão. Tirando o lado emocional que muito me pesa nessas horas, devemos observar que há muito não se via uma diretoria tão organizada e focada como a atual. Sem falatório compulsivo e inútil, o clube tem sido sereno e – a princípio – coerente na hora de contratar. Errar eles erram, não há dúvidas. Mas, erram por tentar acertar e não por irresponsabilidade e descaso. Falta-nos uma casa, da qual o clube foi despejado sob o olhar lacrimejado dos torcedores alvirrubros, apanhados nem tão de surpresa por erros do passado (que nunca volta, mas sempre deixa suas marcas) de diretores incompetentes e, sobretudo, descompromissados com a causa maior de um clube de futebol: sua torcida. Ainda assim – sem lar, com pouca grana e com a escandalosa falta de apoio da Federação Mineira de Futebol – temos a convicção de que este ano o Uberaba pode e deve chegar mais longe na competição estadual. Somos os atuais donos da Taça Minas Gerais e podemos conquistar tentos até mesmo nos campos de batalha do inimigo. Daqui a pouco mais de uma semana estaremos entrando em campo para o primeiro embate: o Ituiutaba que nos aguarde, na Fazendinha ou em qualquer lugar, nossa palavra de ordem é vencer!