O cirquinho do Verme Ecclestone parte para a fase europeia, fase onde as grandes equipes mostram evoluções em seus bólidos. Explica-se: nas quatro primeiras etapas as equipes vão para lugares distantes de suas sedes. Sendo assim promovem poucas mudanças em seus carros, mas claramente mesmo longe de casa, ninguém para de evoluir e observar as evoluções dos concorrentes. A grande desculpa do momento é o vulcão de nome impronunciável. Com essa história do vulcão muitas equipes dizem ter atrasado o seu cronograma de desenvolvimento. Mas ao mesmo tempo, até mesmo as pequenas largam na Espanha com novidades. Na verdade, nesse mundinho da F1 todos mentem e escondem o jogo. Mas a equipe que trás a mudança que mais chama atenção é a Mercedes. O alto comando da equipe e Ross Brawn resolveram mudar o chassi da Mercedes apenas para torná-lo mais adequado ao estilo de pilotagem do alemão. Depois de quatro provas o grande ídolo aparece apenas como um figurante na tabela. E para piorar, seu companheiro de equipe é o vice-líder do mundial. Mas ninguém dentro da equipe se preocupa com Rosberg (para aqueles que não acompanham a verdade, o vencedor do time), porque o negócio é fazer tudo pelo grande mito – o alemão – que é uma máquina de gerar lucros. Mesmo na aposentadoria, ele ganhava mais que a maioria dos pilotos em ação. E hoje é o maior salário do grid, mesmo não guiando nada ou, melhor dizendo, ele nunca ganhou sem uma força extra ou um carro fora do regulamento. E ganhou quatro títulos com um carro bem acima da média na época, na escuderia italiana. É por essas e outras que devemos dar um melhor valor ao Barrichello, que conviveu com um general dentro da equipe italiana e nunca teve o direito de vencer. O marketing criado em cima do alemão sempre foi determinante em várias situações, mas ele nunca me enganou. Porém, as novas gerações de fãs da F1 sempre foram enganadas pelo marketing e pela máquina de fabricar dinheiro, criada através dele. E nas terras da rainha quem vive uma situação parecida é o campeão do ano passado. Outro agraciado pelo marketing e pelo bairrismo inglês. Button é o líder do campeonato no momento, algo que a maioria dos entendidos do assunto nunca acreditaria quando ele trocou a Brawn pela McLaren. Mas a verdade é que ele é hoje o líder do mundial. E na mesma equipe temos um ser que atende pelo nome de Lewis Hamilton, o piloto que mais nos proporcionou emoções neste ano e cria da equipe e que tirou Alonso do time. Quando você leitor ler ou ouvir que Button foi um gênio, ou o piloto que jogou com a sorte, e que usou a tática certa no momento certo, ou ainda aquele que ousou e deu certo. Não acredite, e pense ou relembre, pois como citei outro dia, ele não decide nada nas estratégias da equipe, ele apenas foi agraciado com a segunda tática a ser usada no momento e é a equipe que define as táticas que são usadas num GP, e foi assim nas duas vitórias do piloto pelo time de Working. Na sua primeira vitória do ano, a equipe trocou seus pneus, quando foi ultrapassado e humilhado por Hamilton que largou bem atrás e que em poucas voltas passou o companheiro e só restou à equipe tentar uma tática diferente com o Button. Tática que na primeira volta depois da troca pareceu errada, mas depois que se mostrou certa e na segunda vitória, o momento de trocar os pneus também foi decisivo e a equipe usou a tática normal com Hamilton e a suicida com Button, coisa que a Mercedes fez também com Schumacher e Rosberg. E como Button, foi Rosberg quem usou a segunda tática ou a suicida e se deu bem. A verdade é que a F1 depende de um bom desempenho de seu maior e fabricado ídolo, pois como sempre comentamos, ele nunca foi o bom com um carro mediano (ex. 2005). E com o início da fase europeia as corridas tendem a ser mais lógicas e sem a interferência da dona chuva, que deu a emoção nas etapas mais vibrantes deste ano. Todos devem lutar para alcançar a Red Bull ou, melhor dizendo, o RB 6, o melhor carro até aqui e que só não ganhou as quatro etapas até agora por questões meteorológicas ou extra-pista, como as quebras. Como as corridas daqui pra frente tendem a ser mais normais, tanto Ferrari como McLaren têm de correr contra o prejuízo pra alcançar os carros do energético. Programação do GP da Espanha: 1º Treino SporTv Sexta-feira – 05h00 2º Treino SporTv Sexta-feira – 09h00 3º Treino SporTv Sábado – 06h00 Classificação Globo Sábado – 09h00 Corrida Globo Domingo – 09h00 Uma ótima semana e que tenhamos uma boa prova!