Cronistas são periodicamente atacados pelo vírus da “renotícia”, ou seja, acompanhar, repetir e noticiar pra onde foi a crônica ou comentário anterior
Cronistas são periodicamente atacados pelo vírus da “renotícia”, ou seja, acompanhar, repetir e noticiar pra onde foi a crônica ou comentário anterior. Nem sempre o assunto é interessante ou merecedor, mas escritores têm um amor próprio exaltado e sempre querem saber se alguém leu ou se interessou pelo que botaram na imprensa.
Aqui estou, neste papel de vigilante repetente, porque o assunto me parece merecedor. Volto atrás, naquele veremos I da visita do nosso Governador e equipe política, que está com a gripe política da futura eleição. O maior e mais importante anúncio foi o sonhado ramal Petrobras, explodindo aqui os benefícios da indústria nitroquímica. Entre os orgasmos dos candidatos, a notícia foi dada como certeza absoluta e definitiva. Todos querem ser pais deste menino de ouro... e votos. No meu comentário modesto – minha única riqueza de valor é a experiência –, citei a palavra do Garibaldi Modesto, que em promessas da política sempre terminava sabiamente: “veremos, minha gente, veremos!”.
Ora, veio em seguida a meio inesperada visita da Dilma, outro cortejo eleitoral e assanhamento político. O que a Dilma falou? Simplesmente e resumido, que o assunto é seríssimo, que existem outros candidatos e alternativas, blablablá. Ora, a Dilma é meio sangue uberabense e, se tivesse conhecido o Garibaldi, diria simplesmente veremos... veremos.
Já nesta semana, a coisa de maior peso, reunião do Aécio com nosso uberabense honorário José Alencar, pôs novamente como definitivo o nosso presente de Natal. Aliás, faço questão de citar nosso José Alencar porque dele precisei e seu revólver nunca mascou bala ou negou fogo. Se existem no Brasil políticos de seriedade e confiabilidade absoluta, José Alencar é seu exemplo. Ou seja, a crônica desta notícia retorna com cores mais fortes: nosso líder está jogando e ele é vencedor em todos os jogos da sua vida.
Tenho apenas um pouco de muito medo é do grupo político-candidato. Penso que bater muito forte no tambor deste sucesso pode despertar os grupos de outros interessados por aqui, Mato Grosso do Sul e São Paulo. Trabalhar forte e na moita o nosso Aécio sabe e conhece. Ele não precisa de votos, já os tem de sobra. Seria bom dizer apenas: calma, meus amigos candidatos aí do Triângulo, que eu vou provar ser mineiro Globalizado. Se fizerem barulho lá por fora, vou responder como o Garibaldi, repete: “veremos, minha gente, veremos!”.
(*) médico e pecuarista