O futebol, além de saudável para o corpo e para a mente é, muitas vezes, ingrato. Faz chorar, sofrer...
O futebol, além de saudável para o corpo e para a mente é, muitas vezes, ingrato. Faz chorar, sofrer. O jogo é uma competição. Uma guerra saudável. Sem morte e sem ódio. Ou pelo menos assim deveria ser. Dentro e fora de campo, ânimos se exaltam. Mas, quando a partida acaba, o que deve restar é a alegria pela vitória ou a frustração pela derrota. Discussões – saudáveis – também são bem-vindas. Nada mais. Briga não. Nem dentro, nem fora de campo. A briga e a agressão não devem existir entre os jogadores e, muito menos, entre os torcedores. O que dizer então, quando as mães dos atletas brigam entre si? Talvez, seja melhor não dizer nada. Talvez gritar e tentar com o grito ser mais forte do que os chutes, tapas e murros. Talvez, apenas lamentar. Lamentei. Alias, todos os presentes no Uberabão, no domingo (Dia das Mães), para assistir aos jogos das semifinais do Campeonato de Juniores devem ter lamentado junto comigo. Sou pai. Amo meu filho. Ele é minha vida. É por ele que tento ser uma pessoa melhor a cada dia. Ensinar com exemplos, dizem os sábios, é melhor. Por isso, ao dar maus exemplos, estaremos ensinando aos nossos filhos o que fazemos de errado. O afeto é contagioso. A alegria também. Quando você sorri, trata bem e respeita os que estão à sua volta, a tendência é de que as pessoas ao seu redor façam o mesmo. Mas, quando você é carrancudo, mal educado e desrespeitoso, logo todos tendem a ser assim naquele ambiente em comum. Domingo, no Uberabão, aconteceu algo semelhante: a briga começou no campo e pulou para a arquibancada que, por sua vez, contagiou aqueles que já tinham parado de brigar dentro de campo. Foi assim. Foi triste. O contrário disso é muito melhor. Todos já devem ter vivenciado iss quando um jogo é muito bom, disputado (lealmente) dentro de campo, a tendência é que a torcida se contagie e entre no ritmo. Aí, o tempo passa tão rápido que o povo nem percebe. Isso é bom. Falando desse lado bom do esporte, vem aí o Campeonato de Futebol Amador da cidade. No dicionário, o primeiro adjetivo para o termo “amador” é amante. É aquele que se dedica a uma arte ou ofício, por prazer. Logo, os atletas amadores são apaixonados pelo que fazem e, por isso, contagiam quem acompanha o Amadorão. Eu mesmo, quando comecei a trabalhar na cobertura de esportes deste jornal, não conhecia muito sobre o futebol local. Hoje, acompanho de perto cada detalhe e com o tempo me vi apaixonado. Estádios cheios de famílias e crianças, belas jogadas e golaços... é isso que queremos e certamente veremos neste Amadorão. A festa está armada, os palcos estão prontos, os artistas estão ensaiados e agora é só deixar o espetáculo começar! Que venha o Amadorão e que reinem a alegria, o esporte e a paz! Ah, e que vença o melhor!