ARTICULISTAS

Viver novamente

Sempre e tão só, recepciono aquilo que me parecer lógico

Manoel Therezo
Publicado em 30/11/2013 às 20:20Atualizado em 19/12/2022 às 10:01
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Sempre e tão só, recepciono aquilo que me parecer lógico. Não me será fácil expor o que me passou pela mente, olhando o Augusto, uma criança com seus dez meses de vida em sua cadeira estofada, dormindo tranquilo na sala em nosso apartamento. Observando-o e o que se passou, mais me confirmo de que a vida nos constitue de fato, um momento contínuo. Eu sozinho, de olhos afundados naquela criança dormindo, admirava a maciez de sua pele, de seus dedos com eleves movimentos ordenados pelo seu sistema nervoso autômano em evolução. Tudo invejosamente eu olhava naquela criança comparando a sua beleza as mudanças em mim causadas pelos 85 anos. Ainda aquela ingenuidade dormia. Sem lhe retirar os olhos, embevecido eu vagava nas conjecturas de tantos momentos lidos em páginas de obras específicas. Repentinamente sem qualquer ruído mais alto, se acordou. Atônito, abrindo os olhos espantados como que perdido, fixou em mim uma figura desconhecida. Quis choramingar—mas, logo também não sei por que, esboçou uma carinha cheia de alegria, sorrindo confiante no que via. Fui longe naquele instante. Como sempre estamos lendo coisas do Além, me veio à memória juntar o momento daquela criança aos quadros descritos naquelas ditas específicas leituras. De inicio, eu lhe era um todo estranho lhe causando medo. Logo percebeu ser um alguém de paz. Quem sabe, é isso mesmo o que nos acontece na espiritualidade tão logo ao acordarmos do choque que à morte nos causa? Lemos que na espiritualidade todos trabalham, não estando por vezes ao lado de seu ente que volta ou se acorda, como aconteceu com aquela criança que seus pais também não estavam ao seu lado naquele instante em que se acordou. É preciso ler. As leituras nos dizem que no mundo dos espíritos, não iremos nos encontrar com os nossos tão logo ao abrirmos os olhos. Também, não esperar que tudo volte a ser como dantes. Que ilusão!... Que beleza!... Encontrar e de novo viver com o meu filho, com minha mãe, pensam alguns. Como no plano terrestre os membros da família se desagregam em razão da conveniência, na espiritualidade, cada qual em razão de sua evolução, habita um plano equivalente. Visitam-se? Claro que sim... Tudo igual como acontece por aqui. Que erro cometeria o Criador se assim não fosse! Valendo-se de seu mérito, o espirito saudoso vem aos seus através da sensibilidade (mediúnica) de cada qual. Quando doutra forma, sim pelos sonhos. Enquanto eu vagava conjecturando tudo isso que lhe disse, dormia novamente aquela criança. Olhando-a, pensei: Eis a vida... Momento contínuo... Partir para de novo voltar... Certamente é o eterno existir. Por quanto tempo esta criança que olho, quem sabe, esperou por este novo momento? *“Presenciei a alegria dos espíritos que anseiam pela oportunidade do reencarne e que aguardam esperançosos,” Conjecturei: Tudo de novo está à frente para o Augusto. É a nova oportunidade—e, quem poderá dizer, o que lhe será esse Viver Novamente? 

*Presenciei a alegria dos espíritos...”

(Moradas Espirituais)- Pág.56- Joaninha Darque, psicografia de Vânia Arantes Damo.)

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