Hoje, folheando livros numa livraria local, vi o livro de um filósofo alemão chamado Karl Gottob Schelle, intitulado “A Arte de Passear”.
Ao folheá-lo, me fiz algumas perguntas: o que significa passear? Sei aproveitar meus passeios? Como melhorar a qualidade de minhas viagens e encontros com amigos de maneira sentir-me feliz verdadeiramente?
Só depois destas reflexões é que adquiri o tal livro onde, logo de início, deparei-me com um capítulo dizendo que “o passeio não é apenas um movimento do corpo”.
Esta afirmativa me fez recordar de um “pensamento” lido e que fazia a distinção entre levar os filhos para passear e passear com os filhos...
Como um pensamento puxa outro, lembrei-me ainda de casais que vejo jantando juntos sem trocarem uma palavra, ou então, de pais que levam os filhos para brincarem nos parques e ficam lendo seus jornais...
Refleti sobre as inúmeras vezes em que mesmo passeando, não apreciamos as belezas ao nosso redor porque, internamente, independente de onde estejamos, continuamos remoendo nossas preocupações.
Penso que passear verdadeiramente seja viver o presente sem pensar no passado que já aconteceu, ou ficar antecipando um futuro incerto.
Voltando ao nosso autor, para ele, passear é uma atividade espiritual que, se levada a sério, nos permite movimentar o corpo para repousar o espírito.
Como assim? - vocês devem estar se perguntando!
Eu diria que, pelo que entendi, na proposta dele passear é a arte de estabelecer um elo entre uma atividade intelectual e uma atividade corporal, ou seja, levar o espírito onde o corpo está.
Se estiver entre árvores, que veja e sinta as árvores. Se estiver frente ao mar, que reflita sobre a grandeza do mar. Se estiver dançando, que seu espírito também dance junto com seu corpo.
Seja lá o que estiver fazendo como lazer ou passeio, seu espírito deve estar aberto e receptivo para acolher tranquilamente as impressões sobre tudo que o estiver cercando.
Experimente fazer isso e verá como seus passeios se tornarão revigorantes!
