É janeiro. O mês em que a brancura da neve, em muitos lugares do mundo, simboliza a pureza e a renovação. No Brasil, o Janeiro Branco nos convida a refletir sobre a saúde mental. Um tema que, cada vez mais, ganha destaque em nossas vidas, permeando nossas conversas, nossas relações e, principalmente, nosso ambiente de trabalho.
Segundo dados do Ministério da Saúde, a OMS (Organização Mundial da Saúde) destaca que a depressão e a ansiedade aumentaram mais de 25%, apenas no primeiro ano da pandemia de Covid-19. Um estudo epidemiológico do Ministério da Saúde revela que, em média, até 15,5% da população brasileira pode sofrer depressão ao menos uma vez ao longo da vida.
Já vivi na pele a importância de cuidar da saúde mental. Lembro-me de um período em que a pressão no trabalho era imensa. As noites mal dormidas, a ansiedade crescente e a sensação de esgotamento físico e emocional tomaram conta de mim. Foi nesse momento que percebi a necessidade de buscar ajuda e construir uma rede de apoio sólida.
No Brasil, as doenças ligadas à saúde mental representam um percentual significativo de afastamento dos profissionais do seu ambiente de trabalho. Os transtornos psicológicos já se destacam como a terceira causa de perícias médicas do INSS, de acordo com pesquisas.
Com base em matéria divulgada pelo Sebrae: “Nas empresas, a saúde mental está relacionada com a lucratividade. Doenças mentais geram um impacto econômico global de cerca de US$1 trilhão em perda de produtividade. O “The Wall Street Journal” informou que as corporações já consideram a saúde mental como uma das causas dessas despesas”.
A saúde mental não é um luxo, é um direito de todos nós. As empresas têm um papel crucial na promoção da saúde mental dos seus colaboradores. É preciso criar espaços seguros para discutir temas como Burnout, depressão e ansiedade, e oferecer ferramentas para o autoconhecimento e o cuidado.
Ao investir no bem-estar dos nossos funcionários, estamos construindo um ambiente de trabalho mais saudável, produtivo e humano. Ainda de acordo com a matéria do Sebrae, uma “pesquisa da Oracle em 11 países mostrou que 84% dos funcionários brasileiros consideram que suas empresas precisam fazer mais para proteger a saúde mental”.
Acredito que as marcas do futuro serão cada vez mais humanizadas. As pessoas estarão no centro de todas as decisões. E cuidar do nosso cliente interno, o colaborador, é o primeiro passo para construir um futuro mais justo e mais próspero para todos nós.