Depois de três anos de ocupação na fazenda Inhumas, às margens da BR-050, integrantes do Movimento Sem Terra promovem ação de resistência contra reintegração de posse
Depois de três anos de ocupação na fazenda Inhumas, às margens da BR-050, integrantes do Movimento Sem Terra, o MST, promovem ação de resistência contra reintegração de posse e ocupam nova área.
De acordo com uma das líderes do grupo de 120 famílias alojadas na fazenda Cedro, Maísa do Carmo de Paulo, o objetivo do movimento é dar respostas às reintegrações em dois acampamentos, sendo o 1º de Maio e Roseli Nunes.
Conforme explicou Maísa, em um dos acordos firmados junto à Ouvidoria Agrária, os integrantes instalados na fazenda poderiam plantar para poder colher até o final do processo, mas a convenção foi descumprida e agora as famílias estão na iminência de um despejo.
Aglomeradas nas barracas, as famílias reforçam que não deixaram o local, já que a lavoura de culturas variadas, como abóbora, tomate, milho, feijão e melancia estão em fase de produção.
Para Maísa, o domínio da Fazenda Cedro fortalecerá o grupo que aguarda a presença da Polícia Militar e do Judiciário. “Não vamos deixar as plantações, e nem vamos deixar que a reintegração aconteça de forma tão covarde, sabemos que só a nossa luta fará valerá nossos direitos”, pontuou.
Durante a última semana, representantes da Polícia Militar, Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra), Ministério Público e Judiciário realizaram uma reunião para tratar da questão dos acampamentos e da desocupação.
O comandante interino do 4º Batalhão de Polícia Militar, o tenente-coronel Ney afirmou que não haverá confrontos no momento da desapropriação.