O mês de setembro, historicamente o mais crítico para queimadas em Uberaba, já registra um cenário preocupante nos primeiros dez dias. Até agora, foram contabilizadas ao menos 58 ocorrências de incêndios, conforme dados do Corpo de Bombeiros. Para efeito de comparação, durante todo o mês de agosto deste ano foram 141 casos e 143 em 2024, números que reforçam a gravidade do atual período seco aliado à baixa umidade e ventos fortes típicos desta época do ano.
A sequência de episódios começou já no dia 1º, quando o Corpo de Bombeiros precisou controlar um incêndio em vegetação na região da Univerdecidade, próximo ao Parque das Barrigudas. No dia 2, a cidade enfrentou duas ocorrências: um incêndio de grandes proporções atingiu a Avenida Niza Marques Guaritá, consumindo cerca de 12.500 metros quadrados e ameaçando casas e comércios; horas depois, outro foco foi registrado na Avenida Dr. Randolfo Borges Júnior, perto do Centro Olímpico.
No dia 3, as chamas atingiram um lote vago no Distrito Industrial II, atrás do Centro de Treinamento do 8º Batalhão de Bombeiros Militar. Já no dia 5, o fogo destruiu a cozinha externa de uma residência no bairro Boa Vista, após um acidente com fogão a lenha usado para preparar doces.
No dia 6, um incêndio mobilizou equipes no bairro Maringá, no antigo Clube dos Tucanos. Na noite seguinte, dia 7, os bombeiros foram chamados para controlar as chamas em um veículo em via pública.
A segunda-feira, 8 de setembro, foi marcada por uma série de focos simultâneos em Uberaba. Ocorrências foram registradas em áreas como Univerdecidade, EPAMIG, bairros Tutunas e Jardim Uberaba, além do Condomínio Budeus e regiões próximas, exigindo forte mobilização da corporação.
O caso mais grave aconteceu no dia 9, quando a Fazenda EPAMIG voltou a ser atingida por um incêndio de grandes proporções. As chamas se espalharam por mais de 900 mil metros quadrados, alcançando a região da Vila Militar e Jardim São Bento.
Os primeiros dez dias de setembro confirmam o alerta dos especialistas de que este é o período mais severo para queimadas em Uberaba. A combinação de clima seco, ventos fortes e descuido humano potencializa o risco e já vem deixando um rastro de destruição pela cidade.