Agronegócio mobiliza equipe para as emergências nas estradas rurais
No período de chuva, o volume de danos aumenta e as equipes contam com parceria do sistema de transporte escolar para ter informações sobre as condições das vias
A Secretaria de Agronegócio (Sagri) mantém equipe mobilizada para atuar em casos de reparos emergenciais nas estradas rurais de Uberaba. Conforme o chefe da pasta, Agnaldo Silva, mais de 5 mil quilômetros de estradas rurais recebem manutenção. No entanto, devido ao período chuvoso, o secretário conta com a ajuda da Secretaria Municipal de Educação (Semed) para identificar os maiores gargalos, visando melhorar também o transporte de alunos.
No programa JM News 1ª Edição, da Rádio JM, Agnaldo explicou que as estradas rurais “nunca estão 100%”, especialmente considerando as mudanças na mobilidade da área.
“Hoje, praticamente, temos um tráfego muito pesado. No setor sucroalcooleiro, são os bitrens, e na parte de florestas, também os bitrens, mas com madeiras. Antigamente, o tráfego era menor, embora houvesse muito mais estradas a serem conservadas”, pontua.
Somente na última semana a pasta realizou manutenção em 500km de estrada e trabalhou nos principais pontos de estrangulamento. “Tem um ponto de acúmulo de água aqui, outro ali. E agora entramos no pior período, porque a chuva mansa encharca o solo. E aí começamos a ter problemas de atolamento e pontos críticos. Mas estamos atentos a isso, com equipes mobilizadas para atender esses pontos mais problemáticos”, afirma Silva.
Além disso, a Secretaria de Agronegócio está atenta às necessidades dos alunos do transporte escolar rural. De acordo com Agnaldo, há um fluxo de informações com a Semed, que repassa os relatos de pais e motoristas sobre os trechos prejudicados, para que a Sagri realize o reparo. “Não temos condição de monitorar todos os trechos, dada a extensão territorial. Temos uma parceria com a Secretaria Municipal de Educação; eles têm controle do tráfego. Então, o motorista da van ou o próprio pai do aluno entra em contato e nos avisa”, explica.
Em casos de intercorrências, Agnaldo disponibiliza o telefone 3318-0443 para relatar problemas nas estradas rurais.
Volume de chuvas em outubro foi 49,81% maior que a média do mês
De acordo com Boletim de Precipitação Meteorológica, divulgado mensalmente pela Secretaria de Agronegócio (Sagri), em outubro choveu 49,81% a mais do que o previsto para o período no município de Uberaba. No mês, choveu 196,11 milímetros para uma média histórica esperada de 130,90 milímetros. Já em novembro, em sete dias, choveu pouco mais de 30 milímetros.
O documento, com os números da meteorologia, já está à disposição da população no site da Prefeitura, na página da Sagri.
O geógrafo da Secretaria de Agronegócio, Matheus Alves, contou que, com as chuvas em abundância houve uma verdadeira corrida no campo para preparo da terra e plantio. O que proporcionou, de acordo com ele, que a semeadura dos grãos ficasse dentro do esperado para o período, sobretudo, os de soja.
O boletim da Sagri informa ainda, que o maior volume de chuvas em outubro, no meio rural, foi verificado na região do Vale do Tejuco, próximo à BR-050, com 322,90 milímetros de precipitação. Já a menor média foi assinalada na localidade do Morro do Gengibre, com apenas 41 milímetros de chuvas.
Agora em novembro, nos sete primeiros dias, o geógrafo destacou que o acumulado das estações aponta 31,80 milímetros de precipitações em Uberaba. O esperado para todo o mês é de 203,40 milímetros. Percentualmente, choveu, até agora, somente 15% da média histórica prevista para o município.
Para dezembro, segundo dados do Projeto Meteorológico da Sagri, são esperados, em Uberaba, 288,20 milímetros de chuvas e, 328,20 milímetros em janeiro.
Apesar de estarmos ainda na primavera, faltando mais de 40 dias para o seu encerramento (21 de dezembro), o geógrafo ressaltou que as temperaturas continuarão altas no município. “Assim como em todo o Brasil Central, elas estarão acima do normal”, disse Matheus Alves.
O boletim da Sagri conta com 24 estações meteorológicas para a formatação dos dados mensais. A maioria fica no meio rural.