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Ainda sem prédio próprio, demanda no ambulatório LGBT+ ainda é pequena

Luiz Henrique Cruvinel
Publicado em 02/05/2023 às 08:45Atualizado em 02/05/2023 às 20:05
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O Centro de Referência em Saúde da População LGBTQIAP+ (Cresp) em Uberaba recebe cerca de 25 pacientes por mês para as atividades de psicoterapia, tratamento hormonal e psicossocial. A demanda é relativamente baixa, de acordo com a coordenadora da unidade, Karina Nogueira, e pode ser alavancada com a divulgação das atividades.

Em entrevista à Rádio JM, a coordenadora do ambulatório explicou que a procura atual está abaixo do esperado pela Secretaria Municipal de Saúde (SMS) em razão de ainda estar sendo construída divulgação assertiva do funcionamento.  “Temos, em média, 25 pessoas ao mês. São usuários que retornam ao atendimento normalmente, mensalmente. Vamos atuar de acordo com a demanda. Hoje, a demanda está bem baixa, e a nossa intenção é que o número aumente com a divulgação dos serviços”, explica.

Neste momento, o ambulatório funciona no prédio do Centro de Testagem e Aconselhamento (CTA) de Uberaba, na avenida Orlando Rodrigues da Cunha, 2.223. No entanto, os dois espaços são separados fisicamente e por recepções. A entrada do CTA permanece na principal, e a porta do ambulatório é na rua lateral.

Dentro da unidade, a depender da demanda do paciente, ele será encaminhado para salas diferentes, com um corpo de atendimento diferente.

A SMS ainda aguarda liberações de recursos estaduais e federais para a reforma do futuro prédio próprio do ambulatório, na antiga Aisp Abadia, ao lado da Funel, também na avenida Orlando Rodrigues da Cunha. “Atualmente, está dentro do serviço do CTA e há toda uma parte burocrática. Estamos trabalhando no comitê agora. Antes de conseguirmos recursos para fazer a reforma, temos que organizar o comitê, montar um plano, e o prazo para isso o Estado nos dá. Estamos recebendo toda a parte burocrática para poder desenvolver esse projeto do Cresp”, esclareceu a responsável.

Sem prédio próprio, os principais atendimentos no centro são relacionados à questão familiar, como esclarece Karina. “A questão da psicoterapia [é maior procura]. Temos uma grande procura de pessoas com problemas familiares, então o número de atendimento mais elevado é para a psicoterapia. Percebemos que os pacientes procuram mais o setor de psicologia do que outros serviços. Nós realizamos, se for preciso, ações com as famílias para evitar rejeições e problemas maiores”, diz.

No primeiro momento, as sessões de psicoterapia são feitas individualmente, pela dificuldade de organização do espaço. Mas é intuito da unidade abrir grupos de conversação e diálogo, para aumentar o engajamento e o número de pessoas atendidas.

O Cresp, no CTA, funciona de segunda a sexta-feira, das 7h às 17 horas.

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