De centavo em centavo e sem perceber, o consumidor uberabense está pagando mais caro pelo litro do álcool combustível. Assim como vem acontecendo em várias regiões do Estado, as últimas semanas vêm sendo marcadas por pequenos reajustes no preço do produto. Entre os postos pesquisados, o valor mais caro cobrado pelo litro do álcool é R$ 1,69, enquanto o valor mínimo é de 1,44. A média local: R$ 1,59.
Conforme levantamento de preços realizado pela Agência Nacional de Petróleo (ANP), apenas na última semana o preço médio do álcool teve alta de 1,3% nas bombas dos postos mineiros. E, ao que tudo indica, esta elevação pode ser o carro-chefe para outros reajustes, já que o derivado da cana compõe também a mistura da gasolina utilizada nos carros.
José Antônio Nascimento Cunha, presidente da Associação dos Revendedores de Derivados de Petróleo de Uberaba, lembra que, assim como acontece em nível estadual, o preço do álcool estaria saindo da fase de estabilidade e entrando numa tendência de alta. Por isso – lembra –, os aumentos decididos pelas distribuidoras devem começar a chegar às bombas de uma forma mais evidente. “Na verdade, todo dia aumenta um pouco. Mas, por serem aumentos mínimos, muita gente nem percebe. Os distribuidores aumentam na hora em que eles querem”, explica.
Por outro lado, o dirigente aponta uma das razões para os últimos aumentos: “Como o preço do açúcar está mais atrativo para as usinas, produzir o álcool não está compensando, por isso este aumento no preço é uma forma de estimulá-los a produzir mais álcool. Porém, esse preço é sempre repassado aos postos e, consequentemente, ao consumidor final”.
Ele lembra que nem todos os postos estão repassando os últimos reajustes. “Acredito que nas próximas semanas os que não haviam repassado o aumento irão fazê-lo, pois está ficando inviável. Hoje, os proprietários de postos estão trabalhando com uma insegurança muito grande, já que hoje o preço é um e amanhã já é outro. Se formos repassar todos eles, as pessoas não irão entender”, completa.