Notícia apimentada para quem não dispensa o bom tempero. Condimentos como alho e pimenta tiveram aumento de até 40%. Uma realidade que já arde no bolso do consumidor, o alho, por exemplo, que custava em média R$ 7,00 o quilo, passou a ser vendido por R$ 10,00. Segundo o feirante Rodrigo Soares Lima, as condições climáticas contribuíram para a elevação dos preços. “A pimenta é muito sensível ao frio. Neste tempo agora fica difícil de cultivar e, a procura sendo muita, o preço dá uma subidinha”, explica. Ainda de acordo com Rodrigo, agosto é um mês complicado para o comércio em geral e alguns produtos vivem no sobe-e-desce de preços, o que nem sempre favorece as vendas. Outro fator que influencia nos preços é a concorrência. O comerciante conta que, com a presença de varejões e supermercados, as pessoas foram perdendo o costume de fazer as compras nas feiras livres. Foi o que aconteceu com Maria Madalena Sousa, que recorre ao supermercado na hora das compras. Mesmo assim, ela não dispensa a ida até a feira, quando pode. “Com a correria, nem sempre dá tempo de fazer feira livre, mas lá é bom porque você vê gente, conversa e aproveita para saber das novidades”, conta. Receita. Especiarias apreciadas, utilizadas no preparo de chás e com propriedades calmantes. A erva-doce e o gengibre também sofreram com a variação de preços. O motivo, senso comum. E-mails repassados com diversas receitas para o combate à nova gripe recomendavam erva-doce como o “Tamiflu caseiro”, o que, segundo infectologistas, não passa de lenda. Mas o feirante Rodrigo conta que, por causa dos boatos, a procura foi tanta que o preço do quilo da erva-doce subiu de R$ 18,00 para R$ 20,00. A crendice gerou lucro. A Secretaria de Saúde alerta que, no caso de sentir os sintomas da gripe, a pessoa deve procurar atendimento médico, e nunca tomar remédios por conta própria.