Filha de aposentado de 78 anos denunciou à reportagem do Jornal da Manhã, descaso com as pessoas que precisam do serviço público. Ela ligou para o Samu, na madrugada de terça-feira, para tentar levar o pai ao hospital, apresentando quadro de soluço e dor no peito por mais de três horas.
A médica de plantão orientou Eliana Silva a levá-lo ao hospital, mas o Samu só poderia atender atropelados, acidentados e enfartados e que não poderia fazer nada. Ela ainda chegou a ligar na Polícia Militar e nos Bombeiros, que atendem somente as emergências. “Temos que esperar uma assistência, e eles acham que é de graça, mas não é, estamos pagando pelo serviço”, reclama.
A assessoria da Secretaria de Saúde informou que a usuária acionou o serviço por volta de uma e meia da madrugada e que ao consultar a ficha médica e a gravação do atendimento por telefone, não houve menção de queixa de dor no peito por parte da reclamante, apenas a crise de soluço foi informada.
A secretaria ainda destaca que a situação não é de urgência e emergência. Por isso, a médica de plantão explicou que a ambulância não poderia ser disponibilizada, porque não havia risco de vida, justificando casos específicos de atendimento do Samu e demais ambulâncias do município. Mesmo assim, a profissional verificou os medicamentos em uso pelo paciente e deu orientações por telefone à família, colocando à disposição os registros em caso de mais dúvidas.