A Organização Pan-Americana da Saúde (Opas) destacou, em evento sobre arboviroses, que o Brasil tem controlado o número de mortes na atual epidemia de dengue. Apesar de já ter alcançado em 2024 quase o dobro da quantidade de casos de todo o ano passado, houve redução proporcional no registro de óbitos. A Opas é o braço da Organização Mundial da Saúde (OMS) nas Américas.
Em Uberaba, durante o ano passado, ocorreram 16 mortes em decorrência da dengue (11 aconteceram no primeiro semestre), em 2024, até o momento não há registro confirmado de óbitos por conta da doença. São quatro o número de óbitos que estão sob investigação no município. Em 2022, em Uberaba, foi registrada uma morte em decorrência da dengue.
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O Brasil atingiu 3,06 milhões de casos prováveis de dengue nas 14 primeiras semanas de 2024. Isso representa 1.508 casos para cada mil habitantes. Em 2023, o país fechou o ano com 1,6 milhão de registros totais.
Segundo o Ministério da Saúde (MS), nove unidades federativas estão com tendência de queda no quantitativo de casos; 13 apresentam estabilidade, e cinco, tendência de alta.
Já foram confirmadas 1.256 mortes por causa da dengue, enquanto 1.857 estão sob investigação. Isso representa uma letalidade sobre o total de casos prováveis de 0,04% no ano. Em 2023, no mesmo período, o índice era de 0,07%.
Em relação ao total de casos graves, a letalidade é de 4,21% em 2024, contra 5,22% em 2023.
Neste ano, o Brasil iniciou um programa de vacinação contra a dengue. O país usa o imunizante Qdenga, produzido pelo laboratório japonês Takeda. A imunização se alcança com duas doses, com intervalo de 90 dias entre elas. A vacina é segura e o uso foi aprovado pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa).