FUNÇÕES ADMINISTRATIVAS

Após denúncia de fiéis, padre se manifesta sobre acusações de retenção de dízimos

Pároco afirma que agiu dentro de sua função administrativa e segundo as normas do Direito Canônico

Dandara Aveiro
Publicado em 13/11/2025 às 15:30
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O padre da Paróquia Santo Expedito, em Uberaba, se manifestou publicamente após fiéis denunciarem suposta retenção de doações e dízimos. De acordo com seu posicionamento, o pároco Lucimar Geraldo Martins Dias destacou que atuou dentro de sua competência administrativa e pastoral e adotou medidas jurídicas para resguardar sua honra. 

Em nota encaminhada à reportagem, o representante da Igreja afirmou que desde sua nomeação como pároco, há pouco mais de um ano, encontrou resistências de algumas lideranças locais, o que teria dificultado o exercício de suas funções pastorais e administrativas. Segundo ele, alterações em cargos de confiança foram realizadas dentro de sua competência segundo o Direito Canônico, com objetivo de garantir o bom funcionamento da paróquia.

Ele destacou que interpretações equivocadas dessas medidas teriam motivado a exposição pública de seu nome, o que considera uma ofensa à sua dignidade sacerdotal. Ele afirma que, conforme o Direito Canônico e a legislação civil, toda pessoa tem direito à preservação da honra e da boa fama.

Pe. Lucimar disse ainda que já adotou medidas jurídicas cabíveis e que confia na atuação da Arquidiocese de Uberaba para apurar os fatos e resguardar a verdade. “Com serenidade e confiança em Deus, sigo cumprindo minha missão pastoral, certo de que a verdade prevalecerá”, concluiu.

A denúncia inicial, registrada por membros da coordenação paroquial, motivou boletim de ocorrência e comunicação à Cúria Metropolitana, que confirmou a apuração do caso. A Arquidiocese destacou que os fatos serão verificados com responsabilidade e serenidade, garantindo o direito de todas as partes à escuta e à análise justa.

Leia nota de esclarecimento:

Queridos irmãos e irmãs,

No próximo ano completarei 30 anos de sacerdócio. Ao longo desse tempo, vivi alegrias e desafios, sempre sustentado pela graça de Deus, razão da minha vida e do meu ministério.

Há mais de um ano, fui nomeado pelo senhor arcebispo para exercer a função de pároco da Paróquia de Santo Expedito. Assumi essa missão após um período de quase três anos em que a comunidade esteve sem pároco, sendo assistida apenas de forma sacramental por outros presbíteros nos finais de semana.

Desde minha chegada, percebi resistências por parte de algumas lideranças locais, que dificultaram o exercício pleno da missão que me foi confiada. Em razão disso, comuniquei ao senhor arcebispo as dificuldades encontradas e, dentro do que me compete segundo o Direito Canônico, procedi a alterações em alguns cargos de confiança, sempre visando o bem pastoral e administrativo da paróquia.

Infelizmente, tais medidas foram interpretadas de forma equivocada, e algumas pessoas, agiram de maneira arbitrária e desrespeitosa, expondo meu nome e ferindo gravemente minha dignidade sacerdotal, lançando-me ao escárnio da opinião pública.

Ressalto que, conforme o Direito Canônico (cân. 220) e as leis civis vigentes, toda pessoa tem direito à boa fama e à preservação de sua honra. Nenhuma divergência interna, pastoral justifica a exposição pública ou a difamação de um presbítero que, por quase três décadas, tem servido à Igreja.

Diante disso, já adotei as medidas jurídicas cabíveis e confio que a Arquidiocese à qual pertenço tomará igualmente as providências necessárias para resguardar a verdade dos fatos e a dignidade do ministério sacerdotal.

Com serenidade e confiança em Deus, sigo cumprindo minha missão pastoral, certo de que a verdade prevalecerá.

Atenciosamente,
Pe. Lucimar

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