
Casos graves são raros e geralmente ocorrem em crianças, idosos ou pessoas com comorbidades (Foto/Reprodução)
O aumento recente no número de escorpiões em diferentes regiões de Uberaba acendeu o alerta das autoridades de saúde. De acordo com dados repassados ao JM, 239 acidentes com escorpiões foram registrados neste ano na cidade, todos classificados como leves ou moderados, sem nenhum caso grave.
Em entrevista ao Pingo do J, o biólogo Luiz Gustavo Pinheiro Rodrigues, chefe do Centro de Controle de Endemias e Zoonoses, destacou que o enfrentamento do problema deve priorizar ações preventivas e de manejo ambiental. Os casos graves são raros e geralmente ocorrem em crianças, idosos ou pessoas com comorbidades. “Desde 2006, não há registro de mortes por picadas de escorpião em Uberaba”, ressaltou o biólogo.
Conforme instruções do especialista, em situações de picada, o morador deve procurar imediatamente a UPA São Benedito ou o Hospital Escola, onde há soro disponível. O tratamento é gratuito e segue protocolo do Ministério da Saúde.
Ainda segundo Luiz Gustavo, 90% dos acidentes ocorrem em banheiros, geralmente quando o escorpião entra pelos ralos. “Às vezes ele sobe pela rede de esgoto durante chuvas, ou busca abrigo em locais úmidos e escuros. Por isso, é fundamental manter ralos fechados e observar tomadas e luminárias, por onde também podem surgir”, disse.
O coordenador também lembrou que alguns animais são aliados no controle natural dos escorpiões, como gambás, sapos, lagartos e corujas, mas que o principal “predador” continua sendo o ser humano informado. “O gambá, por exemplo, é um excelente caçador de escorpiões, mas é morto com frequência por medo ou desinformação. O equilíbrio ambiental depende de nós”.
Ao avistar o animal peçonhento, não tente capturar nem matar com produtos químicos. O ideal é ligar para a Zoonoses, pelo telefone (34) 3315-4173, para que uma equipe especializada faça a retirada e a vistoria do local.