Vestidos de jalecos brancos, estudantes, aposentados e profissionais participaram do ato no Calçadão da rua Arthur Machado (Foto/Divulgação)
Depois da paralisação de 24 horas, que atingiu fundamentalmente a rede municipal de saúde, enfermeiros de Uberaba realizaram neste sábado (1°) ato no Calçadão da rua Arthur Machado em prol do pagamento do piso salarial da categoria. O ato foi organizado pela representante do Conselho Regional de Enfermagem de Minas Gerais (Coren-MG) em Uberaba, Regiane Isidoro. O movimento de sexta-feira (30) foi avaliado pela categoria como positivo.
De acordo com o representante da categoria, Sander Souza, a paralisação de sexta-feira tem avaliação positiva, pois a adesão em Uberaba chegou a quase 70% dos profissionais que atuam na rede municipal de Saúde. “Foi muito positivo; atingimos o maior número de profissionais da Enfermagem mobilizados das últimas paralisações”, comenta ele ao Jornal da Manhã. A paralisação atingiu, sobretudo, a vacinação em Uberaba, tendo funcionado normalmente apenas seis salas de aplicação ao longo de sexta-feira.
A principal reivindicação da categoria é quanto ao piso salarial, aprovado no Congresso Nacional no ano passado e anunciado pela prefeita Elisa Araújo (Solidariedade). Segundo Sander, a categoria se sente desvalorizada diante da demora em honrar o compromisso firmado.
Questionada pelo Jornal da Manhã na sexta-feira, a Prefeitura de Uberaba alegou que o salário pago à categoria já está acima do proposto como salário-base. Além disso, segundo o Município, os servidores ainda contam com Plano de Carreira, gratificação e tíquete-alimentação de R$1.000,00.
Para Sander, a resposta dada pelo Executivo não agrada aos profissionais de Enfermagem. Ele afirma que a resposta já foi dada anteriormente, o que aumenta a sensação de desvalorização por parte da categoria. “O discurso é o mesmo, efetivamente continuamos sem nenhuma valorização pela prefeita. Inclusive, [a Prefeitura] tem anunciado aumento de salários para outras categorias da Saúde, mas para a Enfermagem só houve uma recomposição do salário do Técnico, que era o salário mais baixo dentro da Saúde”, reforça.
Já o ato deste sábado envolveu profissionais tanto do serviço público quanto das instituições particulares. De acordo com Regiane, o movimento de ontem foi apartidário e regional, em defesa da Enfermagem. “Nosso objetivo, assim como em todo o Brasil, é que Uberaba e região também tenham movimentos em prol do piso”, diz. Vestidos de jalecos brancos, estudantes, aposentados e profissionais participaram do ato no Calçadão da rua Arthur Machado. Alimentos foram arrecadados entre os participantes para ser destinados a instituições de assistência da cidade.