VIOLÊNCIA

Após queda, casos de estupro em Uberaba voltam a aumentar em 2022

Rafaella Massa
Publicado em 26/02/2023 às 18:49
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Violência doméstica é crime, denuncie (Foto/Ilustrativa)

Violência doméstica é crime, denuncie (Foto/Ilustrativa)

Uberaba fechou 2022 com 57 casos de estupro registrados. Destes, 44 casos são de estupro de vulnerável, segundo dados da Secretaria de Estado de Justiça e Segurança Pública (Sejusp). Apesar de ser menor do que o total registrado em 2020, quando foram contabilizados 78 casos, o número ultrapassa 2021, quando foram registradas 51 ocorrências. 

De acordo com a pasta, dos 44 registros de estupro de vulnerável no ano passado, janeiro foi o mês com maior número de casos, inclusive, nos últimos três anos. Em 2020, o número chegou a 60, sendo 12 só em janeiro. Já em 2021, foram contabilizados 37, contando seis em janeiro. 

Em relação ao perfil da vítima no estado, a Polícia Civil de Minas Gerais (PCMG) informa que a maior parte são mulheres pardas, na faixa etária dos 25 a 34 anos. Na maioria dos casos, a informação em relação à escolaridade é ignorada, no entanto, o segundo maior número informa que as vítimas têm apenas o ensino fundamental incompleto. O ambiente mais comum em que o crime acontece é dentro de casa.

Ainda, os registros informam que a maior parte dos estupros de vulnerável tem como vítima filhas ou enteadas dos autores. Em 2021, essa categoria foi responsável por 19% das ocorrências, enquanto em 2022 esse número chegou a quase 21%. 

Entretanto, o perfil muda nos casos em que a vítima não está em situação de vulnerabilidade. Em 2021, das 1.322 ocorrências de violência registradas, 7,72% tinham a filha ou enteada como vítima. Já em 2022, a maioria dos casos (7,56%) teve a ex-companheira como vítima. 

A PCMG orienta que as vítimas de estupro procurem a Delegacia Especializada de Atendimento à Mulher para o registro da ocorrência policial para que as medidas legais cabíveis sejam adotadas. “Na unidade policial a vítima receberá todas as orientações, apoio e será encaminhada ao Hospital de Clínicas da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (HC-UFTM) para realizar os exames cabíveis”, explica.

A Polícia Civil ainda esclarece que a vítima poderá receber medicamentos anti-retrovirais para impedir a contaminação por doenças sexualmente transmissíveis, inclusive, a pílula do dia seguinte.

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