A aposentada acionou o Samu na madrugada de ontem, mas não foi atendida. Ela conta que estava com uma crise de hipertensão e não havia ninguém para socorrê-la
A aposentada Maria Ajuda de Oliveira acionou o Samu na madrugada de ontem, mas não foi atendida. Ela conta que estava com uma crise de hipertensão e, pelo fato de morar sozinha, não havia ninguém para socorrê-la. Segundo a aposentada, o atendente teria dito que esse tipo de situação não é atendida pelo serviço, mesmo constando no site do Ministério da Saúde que crises hipertensivas fazem parte dos casos nos quais a ambulância pode ser acionada. Como último recurso, a aposentada ligou para um mototaxista, que precisou pular o muro da casa dela, pois a mulher estava tão debilitada que não conseguiu abrir a porta.
De acordo com a assessoria de imprensa da Secretaria de Saúde, realmente houve um erro no atendimento. Apesar de na avaliação do Samu de Uberaba a aposentada não se enquadrar nos requisitos necessários ao atendimento, o correto teria sido acionar uma ambulância simples de transporte, já que a mulher estava sem condições de se locomover. “Existe um veículo destinado para casos como o da paciente Maria Ajuda, entretanto o médico não acionou o serviço. A Secretaria já está tomando as providências necessárias junto à equipe para que tal falha
não se repita”, disse a assessoria.
Ainda de acordo com a assessoria, as avaliações do quadro das pessoas que ligam não são feitas por um atendente, mas sim por médicos reguladores que permanecem nessa função durante 24h. Com base nas informações fornecidas, o médico define se o caso é para Samu, ou não, e qual o tipo de ambulância fará o atendimento. A usuária Maria Ajuda teria relatado quadro de dor de cabeça e tontura, mas quando chegou à Unidade de Atendimento foi constatado que ela sofria de pressão alta. Ela alega que já acionou o serviço outras duas vezes pelo mesmo motivo e foi atendida.