Com os recursos do projeto será possível a aquisição e instalação de um reator termoquímico na fazenda do campus Glória da UFU, localizado às margens da BR-050
O centro de pesquisa deverá contar com uma usina termoquímica em escala laboratorial (Foto/Divulgação)
Com a participação do docente do Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), professor Hamilton César de Oliveira Charlo, a rede de pesquisa formada entre a Universidade Federal de Uberlândia (UFU), Instituto Federal do Triângulo Mineiro (IFTM), Universidade de Uberaba (UNIUBE), Universidade Federal de Ouro Preto (UFOP) e Universidade Federal de Minas Gerais (UFMG) aprovou junto à Fapemig um projeto em rede, com valor de R$ 10.910.065,16, para a estruturação de um centro de pesquisa para a produção de energia térmica e elétrica a partir de resíduos sólidos.
Durante todo o ano de 2022, houve articulação dos representantes das instituições supracitadas para a elaboração da proposta, bem como, estabelecimento de diálogo e planejamento estratégico junto à Receita Federal e Furnas Centrais Elétricas S/A, as quais incentivaram e apoiaram a viabilização da proposta junto à Fapemig. A execução do projeto será liderada pela UFU, na figura do professor Solidônio Rodrigues de Carvalho.
Com os recursos do projeto será possível a aquisição e instalação de um reator termoquímico na fazenda do campus Glória da UFU, localizado às margens da BR-050, rota para diversos estados e municípios brasileiros, sendo assim considerado um local estratégico e de fácil acesso.
Hamilton Charlo explica sobre o projeto “cientificamente, pretende-se com o projeto a otimização do processo de energia, por meio da comprovação a partir de simulações numéricas que visam a melhoria do potencial energético do gás gerado. O centro de pesquisa a ser montado com recursos do presente edital visa também o desenvolvimento de tecnologias que possibilitem uma destinação correta para os resíduos sólidos e que contribua para a redução da emissão de gases poluentes. Ao final, o centro de pesquisa deverá contar com uma usina termoquímica em escala laboratorial, capaz de produzir combustível derivado de resíduos (CDR) e processar cerca de 100 kg/h para a produção de gás de síntese a ser utilizado na geração de energia térmica/elétrica”.
Ainda segundo Charlo, “a aprovação de um projeto de grande porte como este é um avanço extraordinário nas atividades de pesquisa e desenvolvimento tecnológico para todas as instituições envolvidas, mas sobretudo, é um ganho imensurável para a sociedade, que a partir dos resultados gerados neste estudo, poderá em breve usufruir e uma energia de menor custo e menor impacto ambiental, contribuindo também para a preservação dos recursos naturais. Os recursos do já se encontram disponíveis para o início do projeto e serão geridos pela Fundação de Apoio Universitário – FAU. Muito sucesso a todos os envolvidos”, finalizou.