RECOMPOSIÇÃO

Assistência estudantil receberá apenas 2,5% do crédito suplementar à UFTM

O valor total da recomposição orçamentária destinada à UFTM supera R$ 9,3 milhões, mas a maior parte é destinada ao funcionamento da universidade

Tito Teixeira
Publicado em 25/04/2023 às 18:56Atualizado em 25/04/2023 às 23:19
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Um dia após a solicitação por parte da reportagem do Jornal da Manhã sobre os valores da recomposição orçamentária das universidades e institutos federais, o Ministério da Educação (MEC) informou, por meio de ofício, que a proposta de crédito suplementar em favor da Universidade Federal do Triângulo Mineiro (UFTM) totaliza R$ 9.353.763,00.

A proposta do MEC é de que esse recurso seja alocado no orçamento da universidade da seguinte forma: são R$ 2.012.189 para investimentos; R$ 231.786 para o PNAES (Programa Nacional de Assistência Estudantil) e R$ 7.109.788 para o funcionamento da UFTM.

A direção da universidade ressaltou que não foi estabelecido um prazo para que a suplementação orçamentária seja efetivada, uma vez que obedecerá aos trâmites estabelecidos pelo Ministério do Planejamento e Orçamento (MPO).

Balanço divulgado em abril pelo jornalista Wellington Cardoso, na coluna Falando Sério, no Jornal da Manhã, aponta evasão de 957 estudantes da UFTM no ano passado. Desses, apenas 12,5% no primeiro semestre e 7,8% no segundo apontaram a falta de recursos financeiros para permanecerem no curso. Há, ainda, 12% que relataram dificuldades em conciliar o trabalho com estudo como motivo para deixar a universidade antes da formatura.

Conforme o MEC, serão liberados para todas as universidades e institutos federais R$ 2,44 bilhões ao todo, sendo 70% do montante (1,7 bilhão) será disponibilizado para a recomposição direta nas universidades e institutos. Desse valor, aproximadamente R$ 1,32 bilhão será direcionado para as universidades e R$ 388 milhões para os institutos federais. Este valor fará com que o montante disponibilizado para todas as universidades e institutos voltem ao montante global de receitas discricionárias de 2019. 

Os outros 30%, cerca de R$ 730 milhões, serão destinados para obras e outras ações que ficaram com as despesas descobertas na gestão anterior, como ocorreu com a residência médica e multiprofissional, e com bolsas de permanência para estudantes. 

Ainda segundo o MEC a disponibilização do montante reverte a curva descendente do orçamento das universidades e institutos federais dos últimos anos, quando ficaram sem orçamento para despesas básicas mínimas com dois cortes e três contingenciamentos ao longo do ano.

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