Associação de Equoterapia deve ganhar nova sede após dois anos de impasse

Após dois anos da decisão pela doação de uma nova área para a Associação Mineira de Equoterapia (AME), foi definido o local onde será construída a sede da instituição. Segundo a presidente, Vanessa Amaral, o futuro endereço da entidade será ao lado do cemitério Medalha Milagrosa. Atualmente, a associação está abrigada em uma área que pertence à Prefeitura de Uberaba, próxima ao Parque Tecnológico, que deve ser transformada em um restaurante e espaço de lazer. 

A diretoria da AME reconhece a decisão como uma vitória, visto que o espaço fica próximo à atual sede. Isso representa pouca alteração no trajeto dos responsáveis pelos alunos atendidos. Além da doação do terreno, que deve ser feita pela Prefeitura de Uberaba, uma estrutura física também deve ser entregue. 

“Nós tivemos uma reunião há cerca de um mês e meio no Parque Tecnológico, juntamente com o diretor e outras pessoas do Parque, além de nós, da diretoria da AME. E lá eles nos mostraram um mapa com a nova localização que seria essa parte de doação para a AME. Uma área maior, uma área que realmente possa abrigar a AME. E, além disso, eles propuseram que, caso houvesse o nosso aceite, além dessa área, iriam entregar toda a estrutura mínima necessária, pronta, para que nós pudéssemos mudar”, explica Vanessa. 

Segundo a presidente da Associação, a obra deve ser feita a partir de emenda parlamentar viabilizada pelo vereador Ismar Marão (PSB). O projeto da obra já está pronto e inclui o escritório, a sala de atendimento da fisioterapeuta e da psicóloga, além de cozinha, sanitário devidamente adequado às necessidades especiais, além das baias, a casa do caseiro e o picadeiro utilizado também para as aulas de equoterapia, principalmente em dias muito ensolarados ou chuvosos, e toda a pista utilizada para equoterapia e também para equitação. 

Além disso, Amaral explica que a área abrange de 25.000 a 30.000 m², que atualmente pertence à UFTM (Universidade Federal do Triângulo Mineiro). “A ANDE [Associação Nacional de Equoterapia] é quem faz a regulamentação da equoterapia. Nós temos uma área mínima necessária para que nós possamos exercer as atividades”, conta. 

Questionada sobre o período de dois anos para definição do novo espaço, Vanessa explicou que a demora se deve ao fato das áreas sugeridas posteriormente pelo Executivo ficarem muito distantes da sede atual e na contramão do trajeto dos responsáveis pelos alunos. “Pelo meu conhecimento, a diretoria anterior tinha recebido propostas nas chácaras Mariitas e próximo à Penitenciária. Totalmente inviável. Porque tem a questão de localização, a questão de segurança, a questão de deslocamento. Então, ficava inviável. Eles deixaram um pouco para uma possível nova oferta. Agora, o Marão e o Parque Tecnológico trouxeram essa área próximo da AME. Não vai sair do percurso”, esclarece. 

Além do novo espaço, a sede atual deve passar por reforma, viabilizada por meio de TAC (Termo de Ajustamento de Conduta) liberado pelo promotor Carlos Valera. “O Ministério Público já fez a liberação da verba e estão fazendo os orçamentos necessários para que nós possamos fazer uma reforma primária e que dê condições adequadas aos cavalos, aos praticantes e aos alunos da equitação. E a partir dessa verba da reforma também, alguns possíveis instrumentos necessários ali para que nós possamos é continuar”, diz Vanessa.